S&P mantém rating negativo da Rússia e rebaixa nota do Brasil

S&P antecipou previsões diante de baixa no mercado global de petróleo

S&P antecipou previsões diante de baixa no mercado global de petróleo

Reuters
Agência de classificação de risco confirma previsões para economia russa. Perspectivas no mercado de petróleo impactam nota de crédito de grandes produtores da commodity.

A Standard & Poors confirmou na quarta-feira (17) a permanência da nota de crédito soberano da Rússia em BB+, com perspectiva negativa, enquanto o rating de longo prazo em moeda nacional continua estimado em BBB-. Ambos os parâmetros são usados como referência para os investidores estrangeiros aplicarem recursos no país.

A expectativa era que a S&P revisasse o rating da Rússia apenas em 18 de março, conforme calendário pré-estipulado. No entanto, a classificação foi antecipada tendo em conta as perspectivas negativas relacionadas aos preços do petróleo.

Segundo a agência de classificação, o preço médio do petróleo tipo Brent deverá ser de US$ 40 por barril em 2016 e atingir apenas US$ 50 por barril em 2018.

“Não projetamos uma piora material nas nossas avaliações econômicas, fiscais e externas, portanto, confirmamos nossos ratings na Rússia”, lê-se em um comunicado emitido pela Standard & Poors.

“A queda do poder aquisitivo, como resultado da depreciação cambial e aumento da inflação, irá prejudicar as perspectivas de crescimento da Rússia.”

A agência ressaltou ainda que não há previsão de fim para as sanções impostas contra a Rússia. “A situação permanece fluida e, caso as sanções sejam atenuadas, uma possível consequência seria o impulso da economia russa”, diz o relatório da S&P.

Arábia Saudita e Brasil

As perspectivas negativas no mercado de petróleo também afetaram outros grandes produtores, como a Arábia Saudita, que teve seu rating cortado em dois níveis para A-, e o Brasil, cuja nota de crédito soberano foi rebaixada novamente, passando de BB+ para BB, com perspectiva negativa. 

“O declínio dos preços do petróleo terá um impacto acentuado e duradouro sobre indicadores fiscais e econômicos da Arábia Saudita, dada a sua elevada dependência do petróleo”, declarou a S&P em um comunicado. O rebaixamento ocorre menos de quatro meses após a agência cortar o rating de crédito do país.

No caso do Brasil, a agência justificou também que o perfil de crédito do país permanece debilitado em meio a “consideráveis” desafios políticos e econômicos. Em setembro passado, o país já havia perdido o grau de investimento pela S&P, quando teve sua nota rebaixada de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.

Com material da agência Tass

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