Piloto ucraniana é declarada culpada em tribunal russo

Julgamento de oficial ucraniana gera mais atritos com a Rússia no cenário internacional.

Julgamento de oficial ucraniana gera mais atritos com a Rússia no cenário internacional.

AP
Nadejda Sávtchenko foi acusada pelo assassinato de dois jornalistas russos em Lugansk.

O tribunal russo declarou como culpada, nesta segunda-feira (21), a piloto ucraniana Nadejda Sávtchenko, acusada de assassinar dois jornalistas da companhia de TV e rádio estatal russa, de atentar contra a vida de moradores pacíficos e de transpor ilegalmente a fronteira russa.

De acordo com a investigação, Sávtchenko, uma tenente-chefe das forças armadas da Ucrânia, fazia correção de pontaria quando mirou e acertou os jornalistas, movida por "ódio e animosidade".

A acusação pede 23 anos de prisão para ela - apenas dois anos a menos que a pena máxima para mulheres que cometem crimes hediondos na Rússia. Sávtchenko nega a culpa.

A sentença deverá ser proferida em dois dias, começando nesta segunda-feira (21).

Caso Sávtchenko

O que a piloto ucraniana fez?
Abriu fogo e matou dois jornalistas russos em meados de 2014. Está detida na Rússia desde julho de 2014 por isso.

Como ela foi parar na Rússia?
Sávtchenko foi presa na região federativa russa de Voronej, e por isso é acusada também de transpor ilegalmente a fronteira russa. A piloto, porém, diz ter sido sequestrada.

Quais as provas contra ela?
Além de testemunhas (combatentes da República Popular de Lugansk), a procuradoria afirma que a acusada reconhece em uma entrevista que estava corrigindo a pontaria mirando os jornalistas.

Quais as consequências internacionais do caso?
EUA já anunciou que prolongaria suas sanções devido ao caso, e deputados da União Europeia clamaram que os países da ONU também coloquem sanções contra a Rússia para pressionar pela libertação da piloto ucraniana.

Quer receber as principais notícias sobre a Rússia em seu e-mail? Clique aqui para assinar nossa newsletter.

Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies