Rússia não renova contrato de eletricidade com Ucrânia

Ligação total da Crimeia com a rede elétrica da Rússia deve ser concluída até 1º de maio

Ligação total da Crimeia com a rede elétrica da Rússia deve ser concluída até 1º de maio

RIA Nôvosti/Konstantin Chalabov
Além de contrato para envio de energia elétrica à Ucrânia, acordo para fornecimento ucraniano à Crimeia também foi recusado. Pesquisa com crimeanos teria motivado decisões, sugere fonte.

Após recusar o contrato ucraniano para fornecimento de energia elétrica à Crimeia, o governo russo decidiu que não irá renovar o acordo para fornecimento de eletricidade ao país vizinho.

“A Federação Russa não está negociando o fornecimento de eletricidade para a Ucrânia”, confirmou uma fonte no Ministério da Energia russo. “Não planejamos prorrogar o contrato, que era vinculado ao acordo para fornecimento de energia elétrica ucraniana à Crimeia", completou.

Os contratos pré-existentes com a Ucrânia venceram em 31 de dezembro. Pouco antes, Kiev tentou renovar o fornecimento para 2016, mas o documento foi recusado por Moscou – nele estava expresso que a península pertence à Ucrânia.

Em novembro, a Crimeia sofreu um apagão causado pela explosão de torres de energia elétrica por ativistas ucranianos. A inauguração oficial, em 2 de dezembro, da ligação energética ultramarina com a Rússia continental, que atravessa o Estreito de Kerch, foi celebrada pelos moradores locais, que já estavam sem luz há mais de dez dias.

Crimeia disposta

Uma segunda linha de ligações elétricas, que permitiu suprir 80% da demanda da Crimeia, foi lançada na metade de dezembro, e outras duas entrarão em atividade no próximo trimestre.

De acordo com uma pesquisa estatal na Crimeia, 94% dos cidadãos não se incomodam de esperar a conclusão da rede elétrica russa, que dará total independência das ligações ucranianas, e estariam disposto a suportar inclusive possíveis apagões até o final da construção.

Uma fonte no governo russo declarou ao “Kommersant” que a decisão de não estender o acordo para envio de energia elétrica à Ucrânia foi tomada após a publicação dos resultados da pesquisa.

Com colaboração de Anastassia Fomitcheva e Anatóli Djumailo.
Publicado originalmente pelo jornal Kommersant

 

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