Roda russa terá 5 metros a mais que a London Eye, em Londres
RegionyUma nova roda-gigante com capacidade para 1,5 milhão de pessoas será construída nas vizinhanças do VDNKh, no nordeste de Moscou. O anúncio foi feito durante o Fórum de Sôtchi, encerrado na última terça-feira (28).
A nova estrutura terá 140 metros de altura e desbancará a London Eye (135 metros), em Londres, que hoje é considerada a roda-gigante mais alta da Europa.
O projeto será integralmente financiado pela Regiony conforme projeto do escritório de arquitetura inglês Chapman Taylor e da empresa de engenharia suíça Intamin AG, que fabrica equipamentos para parques de diversões.
O montante do investimento não foi divulgado. Mas, de acordo com Amiran Mutsoev, membro do conselho administrativo da Regiony, a expectativa da empresa é recuperar o capital injetado no projeto em até oito anos.
De olho no turismo
“No futuro próximo, nossa roda-gigante será uma das cinco atrações mais visitadas de Moscou”, destaca Mutsoev. Segundo ele, a novidade ajudará a atrair mais 1,5 milhão de visitantes, tanto nacionais como estrangeiros, à capital russa.
Pavilhão fechado terá lojas, restaurantes e até museu (Foto: Regiony)
De acordo com o Departamento de Esporte e Turismo da cidade de Moscou, em 2016, a cidade recebeu 17,5 milhões de visitantes, dos quais 4,5 milhões eram estrangeiros. “Assim, graças à construção da roda, os fluxos turísticos em Moscou podem aumentar em quase 9%”, acrescenta o representante da Regiony.
A roda-gigante de Moscou será equipada com trinta cabines fechadas, cada qual com capacidade para 20 pessoas. O projeto contará ainda com um pavilhão fechado, uma rede de restaurantes temáticos, lojas, cinema e um museu de cera.
“Decidimos construir a roda-gigante mais alta da Europa em Moscou, porque é estrategicamente importante para a cidade”, explica Mutsoev. Os idealizadores acreditam que a nova estrutura servirá como estímulo para o desenvolvimento de novas atrações na Rússia, além de melhorar o potencial turístico da capital.
Críticas ao projeto
Apesar das promessas, o projeto foi recebido com críticas por urbanistas.
“Do ponto de vista empresarial, se estamos fazendo isso para atrair turistas da China, a ideia é comercialmente atraente; mas, do ponto de vista urbano, a proposta levanta dúvidas, já que Moscou não vai lucrar com isso”, afirma Irina Irbitskaia, que dirige o Centro de Competências de Desenvolvimento Urbano, da Academia presidencial russa da Economia Nacional e da Administração Pública (Ranepa).
Segundo ela, é preciso se atentar ao efeito multiplicador de projetos desse tipo, pois, além de gerar lucro para os proprietários, a iniciativa deve aumentar as receitas de pequenas e médias empresas nos entornos da atração. “E o bairro do VDNKh já está saturado de turistas”, acrescenta.
“Atrair turistas é uma tarefa difícil, depende muito das condições locais, do bem-estar dos moradores. Por exemplo, as pessoas não visitam Londres só por causa da London Eye, mas porque é uma cidade confortável e interessante”, conclui.
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