Universidades russas oferecem formação no setor espacial

Câmara de simulação usada para treinamento de cosmonautas e teste de roupas espaciais

Câmara de simulação usada para treinamento de cosmonautas e teste de roupas espaciais

Serguêi Piatakov/RIA Nôvosti
Cada vez mais profissionais atuam na indústria espacial, e a Rússia, que foi o primeiro país a enviar um homem para o espaço exterior, oferece diversos cursos na área.

A universidade mais conhecida e prestigiada da Rússia, a Estatal de Moscou Lomonossov (MGU, na sigla em russo), juntou-se às instituições de ensino superior do país onde é possível obter credenciais para profissões relacionadas ao espaço.

O novo Departamento de Pesquisa Espacial da MGU, aberto em janeiro passado, irá preparar especialistas para campos vitais de estudo e conquista do universo.

“Isso vai desde medicina espacial e biologia à preparação de cosmonautas para o voo e para viver em condições de gravidade zero”, disse o reitor da universidade, Víktor Sadovnitchi, em uma reunião do conselho administrativo da MGU. “A ideia é estudar vários fenômenos inexplicáveis ​​que ocorrem no espaço, com as tecnologias da informação e também com a construção de novos equipamentos”, completou.

Como escolher uma profissão

O primeiro ser humano a viajar ao espaço, Iúri Gagárin, foi escolhido entre 200 mil concorrentes. Muito coisa mudou desde aquela época, e, atualmente, quase qualquer pessoa tem a chance de trabalhar na indústria espacial.

Isso não significa, porém, que os interessados deverão necessariamente voar para o espaço. Existem outras profissões além cosmonáutica que estão em demanda no setor. “O espaço é uma área onde diversas habilidades e conhecimentos profissionais podem ser aplicados”, explica Irina Storojeva, diretora de relações públicas do Instituto de Aviação de Moscou (UAM).

“Selecionar uma universidade com histórico relacionado ao espaço e laços estreitos com a indústria pode ajudá-lo a mergulhar na profissão em seu primeiro ano de estudos, sem ter que esperar até a formatura”, continua.

Segundo Storojeva, isso se aplica a estudantes que estejam cursando qualquer universidade de engenharia reconhecida, como a UAM ou a Universidade Técnica Estatal Bauman, também em Moscou.

“A indústria espacial precisa de profissionais de matemática e tecnologia da informação, engenheiros térmicos, construtores e gerentes de produção, e muitos outros tipos de especialistas”, acrescenta ela.

Para Dmítri Sudakov, diretor do projeto Atlas das Novas Profissões, ao escolher uma área de estudo, é importante pensar no futuro e imaginar seu lugar naquele contexto.

“Pergunte a si mesmo – em que tipo de empresa eu gostaria de trabalhar? Esta companhia existe hoje ou terei de criá-la?" Se a já empresa existe, o ideal é escrever uma carta a ela com a seguinte pergunta: ‘Eu gostaria de trabalhar para vocês no futuro. Qual universidade devo fazer?’”, sugere Sudakov.

Em geral, os empregadores da indústria espacial buscam especialistas que estejam desenvolvendo novas tecnologias, concordam os especialistas.

“Há carreiras nas áreas de tecnologia, projetos de gerenciamento, e computação, e esses profissionais estarão sempre em demanda”, diz Storojeva. “Engenheiros são também sempre necessários, e, quanto mais complexa a tecnologia ou a tarefa, maior a demanda por um profissional de qualidade.”

Indústria espacial à frente

Algumas tendências na indústria espacial já são evidentes. Por exemplo, o desenvolvimento da cosmonáutica comercial levará ao surgimento de novas profissões e especialidades.

“Um engenheiro inovador não deve apenas criar um produto ou saber como aumentar a eficácia da tecnologia de produção”, afirma Storojeva. “Ele deve ser também um empresário que enxergue os mercados em ascensão, um engenheiro de sistemas que gerencie o ciclo de vida do produto, alguém que organize o processo de produção, e um contador que seja capaz de calcular o custo de sua invenção.”

No que diz respeito às futuras profissões, o Atlas produzido por Sudakov lista carreiras como a de gestor de turismo espacial (alguém que desenvolve programas para o espaço próximo à Terra) e a de engenheiro de transporte espacial (que presta serviços de manutenção à rede de transporte do espaço próximo à Terra, além de desenvolver corredores do transporte e coordenar lançamentos).

“O espaço é o futuro, e, se um estudante universitário escolhe esse setor, trata-se de uma grande decisão”, conclui Storojeva.

Outras universidades na Rússia 

Além de MGU, outras instituições de ensino superior pertencem ao Consórcio de Universidades Aeroespaciais da Rússia e podem ajudá-lo a se preparar para uma carreira na indústria espacial. São elas:

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