País investe US$ 3 milhões para atrair compatriotas de volta

Apesar de investimento alto, retorno de russos é mais baixo que o esperado

Apesar de investimento alto, retorno de russos é mais baixo que o esperado

Alexander Ryumin/TASS
Analistas acreditam que gasto esteja relacionado a afluxo de refugiados da Ucrânia à Rússia

O governo russo divulgou nesta quarta-feira (23), que investiu 200 milhões de rublos (cerca de R$ 10 milhões) em regiões que conduzem o programa de retorno voluntário de compatriotas à Rússia.

O programa foi criado para resolver uma situação criada com o queda da URSS, quando muitos russos permaneceram além das fronteiras russas, além de atrair  mão de obra ao país.

De acordo com o governo, os recursos são destinados em forma de subsídios a 59 regiões federativas da Federação da Rússia. "A decisão tomada [de se destinar os recursos] permite criar condições para a recepção dos compatriotas e aumentar o potencial de trabalho das regiões da Rússia", lê-se em comunicado governamental.

Para analistas, o investimento está relacionado, em partes, à chegada de refugiados da Ucrânia na Rússia. O programa também dá a esses a possibilidade de agilizar o processo para receber a cidadania.

A ativista dos direitos humanos Svetlana Gannuchkina, especialista em questões de migração, o governo tem usado o programa para tentar aliviar a situação dos refugiados ucranianos na Rússia.  

O Serviço Federal de Migração afirma que, desde abril de 2014, com o início das operações armadas em Donbass, mais de 1 milhão de refugiados ucranianos entraram na Rússia.

De acordo com o órgão, desde sua criação, em 2007, o programa foi usado por 400 mil pessoas. Desses, 100 mil recorreram a ele em 2014, ou seja, no início dos conflitos no leste ucraniano.

Durante o período de lançamento do programa, o governo declarou acreditar que, somente nos cinco primeiros anos, ele atrairia 700 mil pessoas.

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