Alvo de protestos, Uber prepara acordo com Prefeitura de Moscou

Mercado doméstico de táxi movimentou US$ 9 bi em 2015

Mercado doméstico de táxi movimentou US$ 9 bi em 2015

PhotoXPress
Aplicativo pode ser proibido se não cumprir com normas da capital. Expectativa, porém, é que acordo seja assinado dentro de um mês. Em São Paulo, Uber foi temporariamente liberado, mas continua sofrendo represálias.

O aplicativo Uber deve assinar em breve um acordo com as autoridades de Moscou, permitindo, assim, que os veículos trabalhem regularmente nas ruas da capital, disse o chefe do departamento regional de Transporte, Maksim Liksutov, na quarta-feira (3).

“Acho que o acordo será assinado em um mês”, disse Liksutov, sem fornecer mais detalhes. “Se não, teremos que nos organizar com a polícia e proibir o Uber.”

Todos os aplicativos que oferecem serviço de transporte como o Uber são obrigados a repassar ao órgão regional informações sobre os veículos em circulação na cidade. O GetTaxi e o Yandex já aderiram à medida.

“O Uber estava pronto para assinar o acordo antes do final de 2015”, disse Liksutov. “Mas, alegando procedimentos corporativos, nos pediram para estender o prazo.”

A assessoria de imprensa da filial russa do Uber informou que os gestores do aplicativo estão elaborando uma versão final do acordo que “atenda ambas as partes”.

“Nós tivemos alguns atrasos, pois precisamos coordenar todas as questões dentro da empresa, mas vamos cooperar ativamente com o departamento de Transporte”, disse a representante do Uber Evguênia Chipova, acrescentando que o serviço funciona em conformidade com os órgãos reguladores de cada cidade, incluindo Moscou.

Os funcionários Uber também não têm a impressão de que as autoridades de capital queiram proibir o aplicativo de operar na cidade, garantiu Chipova.

No entanto, assim como no Brasil e em outros pontos do mundo, os motoristas de táxi convencional têm promovido protestos em grandes cidades da Rússia contra a liberação do Uber.

Estima-se que o mercado doméstico de táxi movimente US$ 9 bilhões por ano. Com a popularização dos aplicativos que oferecem transporte, a expectativa é que o volume de negócios atinja de US$ 15 a 20 bilhões dentro de quatro anos.

Uber no Carnaval

O Tribunal de Justiça de São Paulo liberou o aplicativo Uber na terça-feira (2). Embora provisória, a decisão impede que o DTP (Departamento de Transporte Público) do município fiscalize os serviços prestados por motoristas do aplicativo.

Na noite de quarta-feira (3), a Polícia Civil conduziu blitz em pontos estratégicos da cidade para revistar táxis e veículos do Uber. O objetivo era apreender objetos usados em crimes e brigas, após ameaças feitas nas redes sociais.

O secretário estadual da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, alegou que é preciso “garantir que haja tranquilidade para a população e para os turistas que vêm para a cidade durante o Carnaval”.

Com material da agência Tass

 

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