Um em cada 4 russos sofre de obesidade, revela pesquisa

Regiões ocidentais do país concentram maior número de obesos

Regiões ocidentais do país concentram maior número de obesos

Ria Nôvosti/Vladímir Viatkin
Quase 26% da população tem acúmulo excessivo de gordura, contra 23% em 2005. Pouco incentivo a alimentação saudável tem influência sobre dados, sugere especialista.

Com um aumento de casos de obesidade na Rússia ao longo da última década, um em cada quatro cidadãos do país sofre de acúmulo excessivo de gordura corporal, segundo o diretor do Instituto de Pesquisas Nutricionais e chefe do setor de nutrição no Ministério da Saúde russo, Viktor Tutelian.

“Cerca de 60% das mulheres e 50% dos homens na Rússia com mais de 30 anos estão acima do peso. E, no total, quase 26% da população toda [38 milhões de pessoas] sofre de obesidade”, disse Tutelian em entrevista ao jornal “Izvéstia”.

Uma pesquisa recente conduzida pelo instituto levou em conta o Índice de Massa Corporal (IMC) de integrantes de quase 20 mil famílias. Segundo o levantamento, a maioria dos russos com sobrepeso vivem nas regiões ocidentais do país e nos Urais. 

Entre as áreas com maior índice de obesidade estão a região de Kaluga, onde 33% dos moradores estão muito acima do peso, as áreas metrolopolitanas de Moscou (30%) e Nijni Novgorod (28%), Krasnodar (27%) e Altai (27%).

Já as repúblicas de Udmúrtia (12%) e Kabardino-Balkária (19 %), e os territórios de Krasnoiarsk (17%) e Primórski (18%), figuram entre as localidades com menos casos de obesidade.

No Brasil, um levantamento apresentado pelo Ministério da Saúde em abril de 2015 revelou que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso ideal. O índice de obesidade, porém, permaneceu estagnado em 17,9% desde o estudo anterior, conduzido em 2006.

Reeducação alimentar

Segundo Tutelian, uma das maiores preocupações dos nutricionistas russos é a crescente obesidade em crianças. Estima-se que cerca de 6% dos menores de dois anos no país sejam obesos.

“Nem todos comem legumes e frutas, e ainda ingerem gordura e muitas calorias. Também não consumimos em quantidade suficiente micronutrientes como vitaminas, minerais e lactobacilos vivos”, disse.

No período da União Soviética, quando a alimentação saudável era uma das bandeiras levantadas pelo governo, a farinha, por exemplo, era fortificada com vitaminas e ácido fólico.

“Agora a situação mudou, com o mercado dominando tudo”, lamenta. “A alimentação saudável é essencial desde os primeiros dias de gestação.”

Com material da agência Tass

 

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