Socorristas têm trabalho dobrado no Ano Novo e férias

Аномально низкие температуры, ночью до 25 градусов в Калининградской области. Неглубокое Балтийское море начинает стремительно промерзать. На снимке: cотрудник МЧС ведет наблюдение.

Аномально низкие температуры, ночью до 25 градусов в Калининградской области. Неглубокое Балтийское море начинает стремительно промерзать. На снимке: cотрудник МЧС ведет наблюдение.

PhotoXPress
Além dos incêndios de praxe, nesse período o resgate russo lida com situações impensáveis: de pescadores flutuando em placas de gelo pelo oceano a velhinhos congelando trancados para fora de casa.

Antes do Ano Novo, o Ministério para Situações de Emergência da Rússia apela para que os cidadãos fiquem mais atentos com a segurança.

Apesar disso, no Réveillon e durante as férias que se seguem, de 1 a 10 de janeiro, os socorristas do país inteiro ficam em alerta constante.

O ministro da pasta, Vladímir Putchkov, celebra no trabalho o dia 1 de janeiro - que para ele, é uma festa também dobrada: seu aniversário e o início de um novo ano.

"Costumo passar a véspera de Ano Novo no Centro Nacional de Gestão de Crises. Levo meus três filhos e verifico a prontidão nas primeiras horas do ano que começa", diz Putchkov.

Segundo ele, na noite de Réveillon, os funcionários do ministério trabalham em modo de alerta, ou seja, em caso de necessidade, estão prontos para auxílio outros cidadãos.

Tal regime é adotado todos os anos a partir de 25 de dezembro e dura até 11 de janeiro.

O perigo do picles

Com as festas, os bombeiros preveem um aumento no número de incêndios no país. Os russos são grandes entusiastas dos fogos de artifício.

Todo ano, porém, essa paixão, associada à que eles alimentam pelo consumo de bebidas alcóolicas, acaba ocasionando apartamentos ou carros em chamas.

Outra preocupação constante das equipes de resgate nesse período é com aqueles que se trancam para fora de casa.

O risco parece improvável para quem lê dos trópicos, mas, na Rússia invernal, é literalmente de entrar em uma fria.

Geralmente, o evento se dá com idosos, que resolvem levar o lixo para fora ou pegar alguma iguaria na varanda - que nesta época do ano torna-se uma extensão da geladeira ou do freezer, com temperaturas de, pelo menos 10 graus negativos.

Um funcionário do resgate que não quis ser identificado conta que, recentemente, uma senhora de 82 anos de São Petersburgo se viu nessa situação quando foi buscar picles na varanda só de roupão e não conseguia abrir de novo a porta para retornar ao apartamento. Uma pessoa que passava por acaso na rua foi quem ouviu seus gritos e chamou o resgate.

2015, um possível marco

Segundo Putchkov, as festas de 2015 darão mais trabalho aos funcionários do resgate que o habitual.

Isso porque, devido à desvalorização do rublo, muitos russos que costumavam viajar para resorts na Turquia ou no Egito acabaram passando o período de festas no país.

"Já contamos com um aumento da carga de trabalho e cobrimos todos os locais possíveis onde o fluxo de turistas deve aumentar", diz.

Todas as unidades que trabalham em rodovias para também serão reforçadas para atender aos motoristas.

"Pontos de aquecimento nas rodovias são uma prioridade agora, diferentemente do que eram há apenas cinco anos", afirma o ministro.

A necessidade é real, já que a probabilidade de ficar preso em alguma estrada na véspera de Ano Novo não é pequena, especialmente em regiões mais remotas ou ao norte de Moscou.

Há quatro anos, na ilha Sacalina, dezenas de habitantes passaram o Réveillon na estrada devido a um ciclone que fechou as vias com neve. Os motoristas e passageiros tiveram que ser evacuados para as povoações mais próximas.

Os pescadores também são motivo de preocupação, pois saem para pescar em gelo fino logo no início de novembro e continuam a fazê-lo até o segundo trimestre do ano, na primavera.

Mas, por vezes, um bloco de gelo com um pescador em cima se desprende do continente e é arrastado para o oceano. Nesse caso, as equipes de resgate têm que enviar uma lancha ou usar helicópteros para salvá-lo.

"Se alguem cai nas águas geladas, tem que ser aquecido o mais depressa possível depois de resgatado para terra firme. E o melhor aquecedor é o corpo humano. Uma vez resgatei uma pessoa e tive que me despir e deitar junto dela por cerca de 20 minutos para aquecê-la", conta Vadim Aleksandrov, socorrista de São Petersburgo.

 

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