Treze universidades russas entram para ranking mundial

Universidade Lomonossov foi uma das duas universidades russas que já figuravam no ranking em 2014 Foto: Andrêi Lukin / TASS

Universidade Lomonossov foi uma das duas universidades russas que já figuravam no ranking em 2014 Foto: Andrêi Lukin / TASS

Número de instituições saltou de 2 para 13 no estudo internacional Times Higher Education (THE). USP e Unicamp, as duas mais bem colocadas do Brasil, apresentaram pior resultado dos últimos cinco anos.

A Universidade Estatal de Moscou Lomonossov (MSU) foi classificada em 161º lugar entre as 800 instituições listadas no mais recente ranking anual Times Higher Education, divulgado em 1º de outubro em Londres. Outras doze universidades russas foram inseridas na lista deste ano, contra apenas duas no ranking de 2014.

No ano passado, a MSU ocupou a 196ª posição entre as 400 universidades pesquisadas – a lista foi recentemente ampliada para 800 instituições. A única outra russa que constava na lista em 2014 foi a Universidade Estatal de Novosibirsk, que antes figurava entre as posições 301-350 e este ano caiu para a faixa de 401-500.

O top 5 das universidades russas do estudo atual inclui ainda a Universidade Politécnica Pedro, o Grande (201-250), em São Petersburgo, a Universidade Politécnica de Tomsk (251-300), a Universidade Federal de Kazan (301-350) e a Universidade Nacional de Pesquisa Nuclear (301-350).

“É ótimo que a Rússia tenha 13 instituições na lista, com cinco de suas universidades dentro do top 400”, diz Phil Baty, editor, do ranking mundial da Times Higher Education.

“A Rússia tem feito grandes esforços para melhorar o seu sistema de ensino superior nos últimos anos”, acrescenta Baty. Mas o especialista alerta que o país terá de continuar trabalhando arduamente para garantir a concorrência com a China e outros rivais globais, que “também estão investindo pesado em ensino superior”.

O vice-ministro russo da Educação, Aleksandr Povalko, exaltou o fato de que mais universidade russas entraram no ranking e disse ter esperanças de resultados ainda melhores no ano que vem.

“As universidades estão investindo em sua base de pesquisa cientifica e recrutando os melhores profissionais para melhorar sua competitividade internacional”, disse Povalko.

Um dos principais fatores que contribuíram para o bom desempenho das universidades russas neste ano foi a cooperação estabelecida com grandes companhias nacionais e internacionais, como Boeing, Siemens e UralVagonZavod.

“Nossas pesquisas no campo de inovação são usadas na construção de navios, aviões e sistemas de transporte”, diz o reitor da Universidade Politécnica Pedro, o Grande, Andrêi Rudskoi, que cita a parceria de sua instituição com a Porsche.

Brasil em queda

Incluída na faixa de 251º a 300º lugares, a Universidade de São Paulo (USP) obteve o pior resultado de cinco anos no ranking THE, mas continua a ser a universidade com melhor desempenho da América Latina.

Já a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a segunda instituição brasileira mais bem colocada na lista, também sofreu queda da faixa de 301º a 350º lugares, onde aparecia por dois anos consecutivos, para o grupo entre 351º e 400º posições.

O Brasil não teve nenhuma universidade entre as 200 melhores do mundo pelo terceiro ano consecutivo.

Tendências globais

O ranking revelou que as universidades na Europa continental estão recuperando o atraso em relação a suas pares anglo-americanas. A suíça ETH Zurich (9º) vem “liderando o grupo como a primeira instituição fora dos EUA e do Reino Unido a entrar para o top 10 em uma década”, lê-se no relatório do THE.

O continente asiático também passou por mudanças desde o ranking do ano passado, com uma leve queda das universidades do Japão e da Coreia do Sul. O Japão possui 41 instituições na lista, a China tem 37, a Coreia do Sul e Taiwan, 24 cada, e a Índia conta com 17 universidades no ranking. 

 

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