Balonismo abre novos ares para o desenvolvimento da aeronáutica

Este ano marca duas décadas e meia de balonismo na Rússia Foto: Nikolai Riabtsev

Este ano marca duas décadas e meia de balonismo na Rússia Foto: Nikolai Riabtsev

O primeiro balão moderno levantou voo há exatos 25 anos. Desde então, mais de 650 pilotos receberam licenças para conduzir os 600 balões que existem hoje em território russo. Membro da Federação Russa de Aeronáutica acredita ser possível desenvolver prática como esporte, turismo e negócios.

Há 5 anos, o jovem Aleksandr era apenas um entusiasta em aviação. Hoje tem formação em engenharia elétrica, trabalha há 3 anos na área como freelancer e até participa de competições. “A primeira vez que prestei mesmo atenção em um balão eu era calouro de uma universidade que acabara de chegar à região metropolitana de Moscou. Naquela época eu não sabia nada a respeito de balonismo, onde se podia aprender a pilotar, mas aquela visão se tornou inesquecível”, relembra, que leva turista para sobrevoar pelos parques da capital.

Foto: Nikolai Riabtsev

O forte crescimento do setor teve início em meados dos anos 2000, quando as pessoas começaram a comprar ferramentas para adquirir um balão para uso pessoal. Obcecados pela sensação de voar, as pessoas começaram a investir em balões até mesmo para viajar. “É uma das formas mais acessíveis e seguras de viajar pelos céus e é muito atraente esteticamente”, diz o instrutor de voo em balões e membro da Federação Russa de Aeronáutica, Ivan Meniailo.

Foto: Nikolai Riabtsev

“Até hoje eu sempre fotografo quando os vejo. O voo em um balão é algo sem agitação, sem turbulência, suave e muito belo. Não precisamos de um serviço complexo e nem de aeroporto”, acrescenta o especialista. Para comandar um balão é necessário um curso de 2 ou 3 semanas, e os custos podem variar de 100 a 150 mil rublos (3 a 5 mil dólares). O balão em si sai na faixa de 50 mil dólares.

Foto: Nikolai Riabtsev

Este ano marca duas décadas e meia de balonismo na Rússia. O primeiro balão levantou voo em 1989, no aeródromo de Tushino, e desde então já se formaram mais de 650 pilotos – e cerca de 600 balões, nacionais e estrangeiros já levantaram voo no país. “Pena que ainda hoje não é possível para um piloto de balão viver somente disso. Na verdade, quem pratica o balonismo é aquele que tem tempo e dinheiro suficiente para esse hobby”, conta o instrutor.

Mesmo assim, Meniailo acredita que há uma grande perspectiva de desenvolvimento do balonismo no país. “É possível desenvolvê-lo como esporte, turismo e negócios. Aqui ainda podemos voar por muito mais lugares do que no exterior”, diz.

Foto: Nikolai Riabtsev

Nesse ramo da indústria aeronáutica russa, há outros dois fatores que dificultam o progresso – falhas na regulamentação e rede rodoviária pouco desenvolvida. O primeiro causa a impossibilidade imediata de voo, tendo em vista que leva-se muito tempo para conseguir uma permissão. Já o segundo gera uma inconveniência. “O kit completo do balão pesa em torno de 300 kg e deve ser levado de carro até o ponto de partida. Depois que o balão alça voo, o automóvel de apoio deve ser levado o mais rápido possível ao suposto ponto de pouso. Muitas vezes esse encontro não é possível por causa das estradas”, relata o especialista.

 

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