Em meio a eleições nos Estados Unidos, Rússia prepara ataque a Aleppo

Esta será primeira vez que porta-aviões russo é usado em combate real

Esta será primeira vez que porta-aviões russo é usado em combate real

Getty Images
O grupo aéreo a bordo do porta-aviões Almirante Kuznetsov iniciará ofensiva contra formações rebeldes na periferia de Aleppo, no norte da Síria. Segundo especialista, momento é propício devido a não interferência dos americanos na operação.

O grupo aéreo baseado no porta-aviões russo Almirante Kuznetsov atacará posições de militantes terroristas na região de Aleppo nos próximos dias, segundo informou o jornal on-line Gazeta.ru, citando uma fonte do Ministério da Defesa russo.

“O principal objetivo do agrupamento, junto com os navios da Frota do Mar Negro e os aviões da base militar de Hmeimim, é lançar, de longa distância, mísseis e ataques aéreos contra os militantes que tentam entrar em Aleppo”, divulgou o jornal russo.

Atualmente, a pasta da Defesa russa está, segundo a fonte, concluindo o trabalho de identificação das novas regiões onde os militantes do Estado Islâmico (EI) estão concentrados, como campos de treinamento de terroristas suicidas, bem como das rotas de viagem usadas e locais de armazenamento de armas e suprimentos.

“Para essa finalidade, a Rússia aumentou seus recursos de reconhecimento na Síria, incluindo drones e unidades de inteligência eletrônica. O grupo de espaço orbital também está sendo usado para coletar informações”, disse a fonte ao Gazeta.ru.

Fonte: YouTube/Canal de TV Zvezda

Nas últimas semanas, militantes ligados a grupos terroristas tentaram diversas vezes romper as posições do Exército sírio no oeste e sudoeste de Aleppo.

O grupo aéreo russo inclui o porta-aviões Almirante Kuznetsov e o cruzador de mísseis de propulsão nuclear Pedro, o Grande, além dos navios de apoio e antissubmarinos Severomorsk e Vice-Almirante Kulakov.

Por que agora?

“Trata-se de um momento particular e não foi selecionado por acaso. O grupo de aeronaves vai atacar os militantes do EI na periferia de Aleppo em um período de turbulência política nos EUA, quando o novo presidente ainda não assumiu o cargo”, explica o professor Vadim Koziulin, da Academia de Ciências Militares.

Segundo ele, desse modo haverá possibilidade de conduzir ataques maciços e “resolver o problema do EI em Aleppo” antes de presidente eleito dos EUA, Donald Trump, começar a implementar contramedidas contra a Rússia na Síria.

“O envio do Almirante para a Síria é um teste das capacidades e possibilidades operacionais e técnicas do nosso grupo de ataque aéreo, uma vez que a Rússia nunca usou esse porta-aviões em condições reais de combate”, afirma Víktor Murakhovski, editor-chefe da revista “Arsenal Otetchestva” (Arsenal da Pátria).

Existe atualmente a bordo do Almirante Kuznetsov 15 caças Su-33 e MiG-29K/KUB, fora os mais de 10 helicópteros Ka-52K, Ka-27 e Ka-31.

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