Sanções também têm efeito positivo para o país, diz Pútin

Queda de lucro com exportações estimula desenvolvimento interno, sugere Pútin

Queda de lucro com exportações estimula desenvolvimento interno, sugere Pútin

Tass
Em entrevista a jornal alemão, presidente russo acusou Estados Unidos e UE de tomarem ‘decisão boba’. Apesar de danos econômicos, Pútin ressaltou papel de sanções no estímulo ao desenvolvimento interno, especialmente na esfera de alta tecnologia.

As sanções impostas pelos EUA e pela União Europeia como reação à reunificação da Crimeia à Rússia foram uma “decisão boba e prejudicial”, mas também têm um efeito positivo, afirmou o presidente russo Vladímir Pútin em uma entrevista ao jornal alemão “Bild”.

“Sabe, os russos sentem claramente o que está acontecendo no momento”, disse o presidente russo. “Napoleão disse certa vez que a justiça é a imagem de Deus sobre a Terra. A reunificação da Criméia com a Rússia foi uma decisão justa.”

A reação ocidental após a reunificação foi, segundo Pútin, “errada e teve mais por objetivo coibir as capacidades de crescimento do que oferecer apoio à Ucrânia”.

“Devemos fazer uso das possibilidades de investimento para o crescimento futuro, para a solução mútua de problemas que estamos enfrentando”, acrescentou.

Apesar de destacar os danos econômicos gerados pelas sanções, que derrubaram os preços dos produtos tradicionalmente exportados pelo país, Pútin destacou ainda que, “por mais estranho que possa parecer, algumas tendências de natureza positiva também surgiram na Rússia” em meio às dificuldades atuais.

“Quando o lucro das vendas de petróleo e gás é alto, observamos uma falta de estímulo para desenvolvimento interno, sobretudo nas esferas de alta tecnologia”, disse Pútin, acrescentando que a diminuição das receitas provenientes das commodities desempenham um papel revigorante para a economia nacional.

Há quase dois anos...

A República da Crimeia e Sevastopol, cidade com estatuto especial na península, onde a maioria dos moradores são russos, assinaram acordos de reunificação com a Rússia em março de 2014, após um referendo demonstrar que a esmagadora maioria de crimeanos eram a favor da secessão da Ucrânia e da reinclusão à Federação Russa.

Durante o período soviético, a Crimeia pertenceu à Rússia até 1954, quando foi oferecida à Ucrânia pelo então secretário-geral do Partido Comunista Soviético, Nikita Khruschov.

Com material da agência de notícias Tass

 

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