Kremlin rebate acusação de ‘terrorismo’ em morte de presidente polonês

Então premiê, Pútin (dir.) visita local de desastre com  ministro das Situações de Emergência, Serguêi Shoigu, em 2010.

Então premiê, Pútin (dir.) visita local de desastre com ministro das Situações de Emergência, Serguêi Shoigu, em 2010.

Aleksey Nikolskyi / RIA Novosti
Acusação foi feita pelo ministro da Defesa da Polônia no último sábado (12) . Antoni Macierewicz disse que incidente foi "terrorismo de Estado" e Polônia, "primeira vítima do conflito que se desenrola sob nossos olhos".

O Kremlin rebateu declaração feita pelo ministro da Defesa da Polônia, Antoni Macierewicz, no último sábado (12), quando classificou como "atentado terrorista" o acidente aéreo que matou o presidente polonês Lech Kaczynski em espaço aéreo russo, em 2010.

"Pode-se dizer que tais declarações são sem fundamento, subjetivas e desconectadas das reais circunstâncias da tragédia", disse o porta-voz do presidente, Dmítri Peskov.

A Duma de Estado (câmara dos deputados na Rússia) também respondeu às declarações de Macierewicz. A presidente do Comitê da Duma para Segurança, Irina Iarovaia, as classificou como "inadequadas". Já o Comitê Investigativo disse que elas são "burras e ridículas".

O acidente

A aeronave acidentada era um Tupolev Tu-154M, que levava o então presidente polonês Lech Kaczynski a Smolensk, na Rússia, para uma cerimônia oficial em memória do massacre de Katin - execução em massa de cidadãos poloneses ali em 1940.

O acidente ocorreu em Smolensk em 10 de abril de 2010, matando 96 pessoas, entre elas, Kaczynski e sua mulher, além de altos funcionários do governo polonês. Os pilotos do avião, que partia de Varsóvia, eram poloneses.

O Comitê Interestatal de Aviação, localizado em Moscou, definiu como causa do desastre erro dos pilotos. Já os poloneses, que realizaram sua própria investigação, colocou parte da culpa nos controladores de voo russos.

Segundo o ministro da Defesa polonês, o incidente foi resultado de "terrorismo de Estado" realizado para a "expansão militar russa". "Após a catástrofe de Smolensk, podemos dizer que a Polônia foi a primeira vítima do terrorismo no âmbito do conflito atual que se desenrola sob nossos olhos", disse Macierewicz.

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