Ossétia assina acordo de integração com a Rússia

O acordo foi assinado em Moscou nesta quarta-feira (18) entre o presidente russo Vladímir Pútin e seu homólogo osseta, Leonid Tibilov Foto: Konstantin Zavrájin/RG

O acordo foi assinado em Moscou nesta quarta-feira (18) entre o presidente russo Vladímir Pútin e seu homólogo osseta, Leonid Tibilov Foto: Konstantin Zavrájin/RG

Moscou investirá 1 bilhão de rublos em integração de ex-território georgiano que motivou guerra em 2008. Acordo foi assinado nesta quarta-feira (18) entre presidentes dos dois países e terá duração de 25 anos com possibilidade de renovação por períodos de 10 anos.

Um bilhão de rublos (cerca de 16,5 milhões de dólares) serão destinados à concretização de um acordo de união e integração entre a Rússia e a Ossétia do Sul, de acordo com a agência Interfax.

O acordo foi assinado em Moscou nesta quarta-feira (18) entre o presidente russo Vladímir Pútin e seu homólogo osseta, Leonid Tibilov.

O documento prevê a criação de uma zona comum de defesa e segurança pelos dois países, abertura das fronteiras, integração dos órgãos alfandegários, cooperação entre órgãos de assuntos internos e simplificação nos procedimentos para a obtenção de cidadania russa e previdência social, inclusive aposentadorias.

"Estou convencido de que a assinatura hoje do acordo sobre união e integração abre uma nova página nas nossas relações e, sem dúvida, elevará nossos contatos para o mais alto e qualificado nível", afirmou Pútin.

Com o acordo, ficarão estabelecidas as bases para uma parceira mais próxima entre os países nas áreas econômica e humanitária, assim como em questões de política externa, defesa e segurança junto à manutenção da soberania estatal da Ossétia do Sul.

Ele terá duração de 25 anos com possibilidade de renovação por períodos de 10 anos.

Sem anexação

Para o chefe de departamento do Instituto do Cáucaso, Vladímir Evseev, não se deve considerar a assinatura como uma anexação da Ossétia do Sul à Rússia.

"Isso diz respeito a uma cooperação muito estreita, mas não a anexação. A Ossétia do Sul se mantém um país independente", disse Evseev à Gazeta Russa.

Segundo ele, o acordo é de extrema importância para a sobrevivência do território como Estado.

"Devido à pequena população do território, ele simplesmente não pode assegurar a defesa das fronteiras por si só. Isso também será importante no plano do desenvolvimento econômico. É preciso eliminar o lacuna entre o nível de vida na Ossétia do Norte e na do Sul, pois, do contrário, em breve não sobrará gente por lá."

O analista político relembra que inicialmente foram colocadas duas opções de acordo. A primeira, rejeitada por Moscou, propunha a total perda de independência pela Ossétia do Sul.

A independência da Ossétia do Sul de território georgiano é reconhecida somente pela Rússia, Nicarágua, Venezuela, Nauru, Vanuatu e Tuvalu, além das autoproclamadas repúblicas de Lugansk e Donetsk, na Ucrânia.

Sua luta por soberania se estende desde 1989, e alcançou o ápice em 2008, quando resultou na guerra russo-georgiana.

O território, assim como o da Abecásia, depende de ajuda econômica russa para sobreviver.

 

Com material do portal Gazeta.Ru e da agência Tass

 

Confira outros destaques da Gazeta Russa na nossa página no Facebook

Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.

Este site utiliza cookies. Clique aqui para saber mais.

Aceitar cookies