Fotos recontam história de pastores de rena em Iamal

Apesar de ser uma prática comum, a criação de renas requer alto investimento. A forragem, que inclui aveia, legumes e feno, custa pelo menos US$ 1.500 por mês; entre US$ 613 US$ 919 são gastos mensalmente com contas, e mais US$ 3.000, na folha de pagamento agrícola.

Apesar de ser uma prática comum, a criação de renas requer alto investimento. A forragem, que inclui aveia, legumes e feno, custa pelo menos US$ 1.500 por mês; entre US$ 613 US$ 919 são gastos mensalmente com contas, e mais US$ 3.000, na folha de pagamento agrícola.

Kirill Uiutnov
Fotógrafo russo registrou cotidiano de nômades no noroeste siberiano.
De acordo com a agência de estatísticas da Rússia, há 48 povos indígenas na Rússia, principalmente no Extremo Norte, na Sibéria, no Extremo Oriente e no Cáucaso. Embora pareça bastante, a população indígena é inferior a 500 mil, ou 0,3% do total.
Onde quer que as renas forem, os pastores vão atrás – e os animais costumam se guiar por locais onde há abundância de líquenes, sua principal fonte de nutrição.
Existem 41 mil indígenas vivendo em Iamal, incluindo 15 mil nômades. Essas pessoas passam toda sua vida seguindo os rebanhos de renas de um pasto para outro, e consigo carregam suas tendas e objetos pessoais sobre trenós.
A criação de renas é a principal ocupação dos povos locais. A pele desses animais é usado não só para construir yurts (tenda ou cabana circular usada tradicionalmente por pastores nômades da Ásia Central), mas também costurar roupas; já a carne dos animais, é consumida pelos criadores ou comercializado em mercados urbanos.
Há também fazendas de renas que funcionam com trabalhadores contratados, que ficam encarregados de proteger as terras de pastagem e conduzir as renas, bem como tratar e cuidar de animais doentes. Nesse tipo de criação, porém, geralmente falta o vínculo pessoal que liga o pastor às renas, quando os animais são de sua propriedade.
Atualmente existem dois tipos de fazendas de renas. As primeiras são as chamadas fazendas familiares. Como sugere o nome, esses locais são administrados por pessoas engajadas na reprodução de renas há gerações. Para eles, o rebanho é de propriedade privada, isto é, vivem e se alimentam de seus animais.
A região é um dos maiores destinos turísticos étnicos da Rússia, comparável apenas ao Distrito de Khánti-Mansisk (também conhecido como Ugra), no sul. A reserva étnica local, Torum Maa, foi uma das primeiras a ser criada no país, em meados dos anos 1980.
O distrito é composto por grandes cidades como Salekhard, Novy Urengoy, Nadym e Noyabrsk, além de muitas outras menores.
Um dos lugares retratados por ele é a península de Iamal (a 3.600 km de Moscou). Ali encontra-se o Distrito Autônomo de Iamalo-Nenets, uma das poucas regiões russas atravessadas pelo Círculo Ártico.
Aos 11 anos, Kirill começou a estudar paleontologia e a participar de expedições a diferentes partes da Rússia. Foi durante essas viagens que surgiu o interesse por reportagens fotográficas.
O fotógrafo Kirill Uiutnov nasceu e cresceu em Moscou, mas logo percebeu que a vida em cidade grande não era para ele.

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