Fotógrafo alemão registra cotidiano em 4 anos de viagens pela Rússia

Os trabalhos de Herfort têm atenção especial à arquitetura pós-soviética, especialmente edifícios erguidos na década de 1990.

Os trabalhos de Herfort têm atenção especial à arquitetura pós-soviética, especialmente edifícios erguidos na década de 1990.

Frank Herfort
‘Pena que o tempo de loucura se foi’, descreve o berlinense Frank Herfort sobre as construções arquitetônicas pós-soviéticas, nas quais se baseiam as suas séries de fotos. Para o povo, porém, sobram elogios.
Herfort publicou uma série de livros de fotografia que compreendem obras selecionadas de sua jornada de quatro anos no maior país do mundo.
“Quando eu era criança, minha mãe sempre me contava sobre quando participou de excursões conjuntas, com alemães e soviéticos, para o lago Baikal”, recorda Frank.
“O minimalismo está em desuso na Rússia. [Hoje em dia,] tudo que é caro e bonito deve brilhar muito, ser banhado a ouro e pretensioso. A arquitetura não é exceção.”
“Lembro-me de livros didáticos do meu irmão mais velho cheios de tratores agrícolas de fazendas coletivas e desbravadores orgulhosos em frente a memoriais”, continua.
“Só Moscou se difere. As pessoas lá estão sempre de um lado para o outro, [são] mais agressivas e pensam mais em dinheiro. Mas eu gosto das pessoas tanto das regiões interioranas, como da capital.”
Nascido na Alemanha Oriental, o fotógrafo Frank Herfort relatou à Gazeta Russa o seu fascínio pela Rússia e por seu povo.
“A arquitetura pós-soviética é uma mistura total de estilos em cores extravagantes. Pena que os tempos de loucura ficaram para trás. Hoje, os projetos russos se parecem como os de qualquer lugar do mundo – um tanto enfadonhos”, lamenta.
Durante a sua estada na Rússia, Herfort aproveitou, inclusive, para aprender russo, o que lhe permitiu conhecer as tradições e os povos mais a fundo.
“Não há muita diferença entre as regiões russas. Os russos de todos os lugares são calorosos e acolhedores”, descreve.

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