Parlamento da Crimeia decide anexar região à Rússia

Milhares de soldados, aparentemente sob o comando russo, tomaram o controle das bases militares ucranianas por toda a Crimeia na semana passada Foto: Serguêi Savostianov/RG

Milhares de soldados, aparentemente sob o comando russo, tomaram o controle das bases militares ucranianas por toda a Crimeia na semana passada Foto: Serguêi Savostianov/RG

Por votação unânime, autoridades aprovaram realização de referendo no próximo dia 16 para decidir o futuro da península. Presidente russo Vladímir Pútin reuniu-se com altos funcionários em uma sessão de emergência do Conselho de Segurança para discutir a decisão.

O Parlamento da Crimeia, região ucraniana com maioria étnica russa, decidiu nesta quinta-feira (6) separar-se do país e se tornar parte da Rússia, de acordo com um comunicado oficial publicado em seu site. 

Um referendo popular para aprovar a decisão ou restaurar a Constituição de 1992, segundo a qual a península permaneceria uma república autônoma dentro da Ucrânia, foi agendado para o dia 16 de março. 

A votação, que será impressa nos idiomas russo, ucraniano e tártaro, incluirá apenas duas perguntas. Nenhuma das questões permitirá aos eleitores indicar preferência pela independência. 

O presidente russo Vladímir Pútin reuniu-se com altos funcionários em uma sessão de emergência do Conselho de Segurança para discutir a decisão do Parlamento da Crimeia, informou o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov.

Pútin declarou na última terça-feira (4) que a Rússia não estava considerando anexar a Crimeia ao seu território, mas que os moradores da região deveriam ser capazes de determinar o seu próprio futuro. 

Após a formação do novo governo em Kiev, vários protestos pela península de língua predominantemente russa pediam abertamente pela secessão e anexação russa. As autoridades locais também se recusaram a reconhecer a legitimidade do novo governo central em Kiev, que depôs o presidente Viktor Ianukovitch no último dia 22 de fevereiro. 

Milhares de soldados, aparentemente sob o comando russo, tomaram o controle das bases militares ucranianas por toda a Crimeia na semana passada. O Parlamento russo havia aprovado a intervenção militar na Ucrânia, mas Pútin negou que as tropas tivessem sido enviadas e se referiu aos soldados mascarados como “milícia local”. 

O referendo estava originalmente programado para 25 de maio, mesma data em que acontecerão as eleições presidenciais antecipadas da Ucrânia.

 

Publicado originalmente pelo The Moscow News

 

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