Ministro nega conexão entre dirigentes presos e Copa de 2018

Detenções desta quarta foram resultado de investigação conduzida por autoridades norte-americanas Foto: Reuters

Detenções desta quarta foram resultado de investigação conduzida por autoridades norte-americanas Foto: Reuters

Membros do alto-executivo da Fifa foram detidos sob alegação de corrupção e suborno. De acordo com investigadores norte-americanos, dirigentes teriam recebido dinheiro para favorecer determinados países na hora de selecionar as próximas sedes do torneio mundial.

O ministro dos Esportes russo, Vitáli Mutko, declarou que a prisão de dirigentes da Fifa por crimes de corrupção não tem qualquer vínculo com a Copa do Mundo de 2018, que será realizada na Rússia. “Eu não estou a par de todas as informações, mas, pela lista de detidos, não tem a ver com as escolhas do campeonato de 2018 nem mesmo com a decisão referente ao Qatar [que sediará o torneio em 2022]”, disse Mutko pelo telefone à agência R-Sport.

Na manhã desta quarta-feira (27), sete membros do alto-executivo da Fifa, foram detidos no Hotel Baur au Lac, em Zurique, onde se encontravam para o congresso anual da federação de futebol. Entre os acusados estão o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e o vice-presidente da Fifa, Jeffrey Webb, que é também presidente da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe).

As detenções desta quarta foram resultado de uma investigação conduzida por autoridades norte-americanas sobre casos de corrupção e suborno, envolvendo inclusive a escolha de sedes para as Copas do Mundo da Fifa. No momento, os membros detidos estão aguardando uma decisão relativa à extradição para os Estados Unidos.

Paralelamente, o Ministério da Justiça e da Polícia da Suíça está interrogando os dez membros do Comitê Executivo da Fifa que votaram em 2010 para eleger as sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, segundo informações divulgadas pela agência de notícias Reuters. 

Denúncias

A Rússia e o Qatar obtiveram o direito de sediar as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, após votação do Comitê Executivo da Fifa em dezembro de 2010.

Pouco tempo depois, estourou um escândalo de corrupção na mídia: o ex-membro do Comitê Executivo da Fifa Mohammed bin Hammam teria pago mais de US$ 5 milhões aos membros da federação para que o campeonato seja realizado no Qatar.

A diretoria da Fifa iniciou então um inquérito sobre as circunstâncias de seleção das sedes para os próximos torneios mundiais. Em novembro passado, um relatório da comissão de ética da Fifa refutou quaisquer irregularidades no processo de votação.

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