Gazprom autoriza revenda de gás na Europa

Propostas são resposta a investigação antitruste lançada contra gigante estatal do gás russo em 2012.

Propostas são resposta a investigação antitruste lançada contra gigante estatal do gás russo em 2012.

Anton Kavashkin/Global Look Press
Compradores europeus poderão revender commodity para outros países.

A segunda maior petrolífera da Rússia e uma dos principais fornecedoras de gás para a Europa, a estatal Gazprom concordou em excluir de contratos com clientes europeus as cláusulas que limitam os direitos desses, segundo comunicado da Comissão Europeia. 

Assim, seus clientes europeus ficam autorizados a revender gás russo a terceiros.

Além disso, a Gazprom sugeriu alterações no processo de determinação dos preços de gás, simplificando sua revisão.

“Acreditamos que as ações da Gazprom levarão a um livre fornecimento de gás à Europa Central e Oriental, a preços competitivos", disse a encarregada pela política de concorrência da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.

"Isso é crucial para milhões de europeus que dependem de gás para aquecer suas casas e manter seus negócios", disse.

Segundo comunicado da Comissão Europeia, caso as ideias propostas pela Gazprom sejam efetivamente aprovadas, sua aplicação será obrigatória e, em caso de violação dos compromissos, a comissão poderá impor à empresa russa uma multa de até 10% do seu volume de negócios mundial.

No final de dezembro de 2016, a Gazprom divulgou ter apresentado à Comissão Europeia propostas de resolução da investigação antitruste lançada contra a empresa em 2012.

A estatal russa foi acusada de tentar dividir o mercado europeu de gás para impedir entregas gratuitas aos países da UE.

Representantes da Comissão Europeia afirmaram que a Gazprom impedia a diversificação dos fornecimentos de gás na Europa Central e Oriental, e impunha preços injustos.

“As propostas da Gazprom são resultado de um trabalho sério, elas demonstram nossa vontade de levar em conta as observações razoáveis da parte europeia sobre o mercado do gás”, disse, em dezembro de 2016, o vice-presidente da Gazprom, Aleksandr Medvedev.

Segundo ele, a resposta da Comissão Europeia permitirá "fazer progressos e garantir a resolução do processo no futuro próximo".

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