Número de migrantes na Rússia cresce e quase atinge nível pré-crise

Apesar de aumento, número de migrantes que buscam emprego no país caiu

Apesar de aumento, número de migrantes que buscam emprego no país caiu

Mikhail Metzel / TASS
Só nos noves primeiros meses, quantidade de estrangeiros aumentou em 80 mil em comparação a mesmo período em 2015. Maior fluxo de Ucrânia e Uzbequistão foi compensado por queda de ocidentais, sobretudo espanhóis, americanos e britânicos.

Um relatório divulgado na semana passada revelou um aumento no número de migrantes que se fixaram na Rússia em 2016 quando comparados a anos anteriores. Estima-se que o número total de migrantes será em torno de 280 mil.

O documento “Acompanhamento da situação econômica na Rússia”, elaborado pelo RANHiGS, pelo Instituto Gaidar e pela Academia Russa de Comércio Exterior, prevê que o número de chegadas chegará, até o fim de dezembro, a cerca de 600 mil pessoas, enquanto o número de partidas será em torno de 300 mil.

Nos nove primeiros meses deste ano, o crescimento da migração atingiu a faixa de quase 200 mil pessoas, praticamente retornando aos níveis pré-crise. O aumento registrado durante o mesmo período em 2015 foi de 169 mil, e em 2014, de 185 mil.

No entanto, o número de migrantes atraídos por trabalho na Rússia tem diminuído devido à desvalorização do rublo. Em tempos de crise, os salários dos migrantes caem ainda mais do que os rendimentos de trabalhadores com cidadania russa – a diferença pode chegar até 20%, segundo informações publicadas no jornal “Kommersant”.

Distribuição por origem

A situação também parece ter retornado à posição inicial, segundo os pesquisadores, ao restabelecer o intercâmbio de migrantes das ex-repúblicas soviéticas Uzbequistão, Tajiquistão e Ucrânia, que responderam por quase metade do aumento da migração em 2016. Por outro lado, o fluxo de migrantes da maioria dos países da CEI diminuiu.

O número de estrangeiros oridundos de países ocidentais desenvolvidos também está em declínio: de 1,4 milhão de ocidentais em 2013, há apenas 567 mil em 2016. A maior queda foi assinalada entre trabalhadores da Espanha e dos EUA, cujo número despencou quase 80%, e do Reino Unido (83%).

Custo do trabalho formal

Ainda segundo o relatório, no final dos primeiros nove meses de 2016, 1,8 milhões de estrangeiros possuíam toda a documentação para trabalhar legalmente no país. Ainda existem, porém, cerca de 1,3 milhão de pessoas que não foram totalmente legalizadas.

Apesar dos dados de registros, dos migrantes que obtiveram autorização de trabalho, apenas metade assinou contrato de trabalho na Rússia.

Entre as principais barreiras para a legalização da mão de obra, os autores do relatório destacaram o alto custo de acordos contratuais e os encargos envolvidos.

Com o jornal Kommersant

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