Glonass subaquático irá patrulhar plataforma russa no Ártico

Primeiros testes acontecerão em 2018

Primeiros testes acontecerão em 2018

Aleksêi Kudenko/RIA Nôvosti
Região polar será a primeira a receber sistema de comunicação subaquática Positioner. Monitoramento vai oferecer suporte a áreas de produção de petróleo.

O Positioner é um sistema único de navegação e comunicações desenvolvido pela Okeanpribor Concern, de São Petersburgo, que logo estará operando no fundo da plataforma russa no Ártico.

Os robôs submarinos, que trabalharão a quilômetros abaixo das calotas polares, poderão determinar sua própria localização com precisão de milímetros e se comunicar com as estações no ar e na superfície em tempo real.

O sistema é constituído por um veículo subaquático autônomo (VSA), e boias sonares com equipamento de comunicações por satélite Messenger-D1M e Glonass.

Os robôs subaquáticos patrulham áreas a uma profundidade de até oito quilômetros, orientando-se debaixo d’água por meio de boias sonares e sinais luminosos. Além de oferecer coordenadas precisas, que os drones recebem para esclarecer sua posição e continuar seu movimento, as boias são capazes de transmitir informações à superfície.

“O sistema está totalmente pronto para implantação”, disse Pável Martichkin, porta-voz da Okeanpribor Concern, ao jornal “Izvêstia”.

“A primeira área de implantação será próxima à plataforma offshore Prirazlomnaya. Estamos planejando criar um sistema global de informações para monitoramento subaquático e suporte a áreas de produção de petróleo”, completou Martichkin.

Três versões e três modos

O Positioner usará vários tipos de boias: submersas, flutuantes e até congeladas. O hardware dessas boias consiste em unidades de rádio e sonares com um sistema de alimentação comum, embutido em uma caixa de plástico. 

O equipamento de rádio e sonar inclui uma estação de rádio VHF, receptor Glonass, um conjunto de sistemas de comunicações via satélite chamado Messenger-D1M, e equipamentos para comunicação subaquática com robôs.

Em sua versão à deriva, o hardware da boia é colocado dentro de uma capa protetora com flutuadores, que contêm baterias extras. Na congelada, a boia é equipada com um recipiente térmico de alta resistência, com alto grau de isolamento.

Em todos os casos, as boias operam em três modos: no primeiro, recebe informação por canais de satélite, armazena-a e depois a transmite ao robô mediante pedido; o segundo é o modo diálogo, em que a boia conecta via rádio VHF, em tempo real, os centros de controle aéreo, costeiro e marítimo com os robôs submarinos; no terceiro modo, o mais simples de todos, o robô opera com total independência, e só verifica suas posições com as boias, ajustando sua direção.

Diante de qualquer emergência, o drone pode enviar um SOS informando que sua missão em águas profundas está encerrada.

Na lanterna dos EUA

O Positioner não só permitirá que submarinos e drones naveguem debaixo d’água, mas também que troquem informações. Os primeiros testes acontecerão em 2018.

“Hoje, os Estados Unidos são líder no desenvolvimento de sistemas autônomos avançados”, diz Vadim Koziulin, professor da Academia de Ciências Militares.

“É por isso que, todos os anos, os americanos gastam cerca de US$ 70 bilhões na Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa do Pentágono (Darpa, na sigla em inglês), além das empresas privadas que implementam o Programa Poseidon, análogo subaquático do GPS.”

A Rússia aderiu à corrida com um atraso de 15 anos e hoje investe, anualmente, até cinco milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento. Apesar disso, o país detém a liderança no desenvolvimento de veículos subaquáticos autônomos.

Com o jornal Izvêstia

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