Ogiva hipersônica faz teste bem-sucedido em Kamtchatka

Lançamento de míssil balístico intercontinental a partir do Cosmódromo de Baikonur

Lançamento de míssil balístico intercontinental a partir do Cosmódromo de Baikonur

Serguêi Kazak/TASS
Instalado em mísseis balísticos intercontinentais, projétil “4202” é capaz de atingir até 7 km/s. Devido a sanções, todos os componentes de ogiva foram nacionalizados.

Os testes de uma nova arma hipersônica capaz de viajar a uma velocidade de Mach 15, ou 7 km por segundo, foram concluídos com êxito.

O projétil, designado como “produto 4202” (ou 15Y71), foi lançado a partir de uma área de lançamentos em Dombarovski, na região de Kamtchatka.

A arma hipersônica 4202 será instalada em mísseis balísticos intercontinentais de longo alcance, em vez de ogivas tradicionais. Começa a funcionar a cerca de 100 quilômetros de altura e voa em direção ao alvo a uma velocidade de 5 a 7 km/s.

Antes de entrar nas camadas atmosféricas mais densas, o projétil executa uma manobra complexa diretamente sobre o alvo, dificultando sua interceptação por sistemas de defesa antimíssil.

O projeto de ogivas hipersônicas Albatros teve início na URSS em meados da década de 1980; foi uma resposta à tentativa dos EUA de ampliar sua defesa antimíssil com o programa de defesa “Star Wars”.

Abandonado anos depois devido a complicações técnicas, foi reavivado pela NPO Mashinostroyeniya durante os anos 1990, já sob o nome 4202.

100% russa

Devido às sanções de EUA e União Europeia, a fabricante NPO Mashinostroyeniya, sediada na cidade de Reutov (região metropolitana de Moscou), conduziu um amplo programa de substituição de importações para construir o 15Y71.

Entre os desafios, a fabricante teve de substituir o sistema de orientação antes produzido pela empresa ucraniana Kharton.

“O equipamento a bordo e os sistemas eletrônicos são agora totalmente feitos com componentes russos”, disse um especialista da Corporação Roscosmos ao jornal “Izvêstia”. “O produto [4202] não tem mais peças estrangeiras”, completou.

No início de outubro, a NPO Mashinostroyeniya enviou uma carta a todas as empresas que participaram do projeto, solicitando um relatório sobre o trabalho feito no âmbito do programa de substituição de importações.

A empresa russa se negou a fazer comentários sobre a arma. 

Com o jornal Izvêstia

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