Comandante da operação na Síria é nomeado para defesa da Crimeia

Pútin (esq) entregou recentemente a Dvôrnikov medalha de Herói da Rússia

Pútin (esq) entregou recentemente a Dvôrnikov medalha de Herói da Rússia

Aleksêi Nikolski/RIA Nôvosti
Após sucesso em campanha, Aleksandr Dvôrnikov ficará responsável pelo Distrito Militar do Sul, o principal posto avançado da Rússia. Prova da competência do comandante seria, segundo analista, a iniciativa de Washington de ampliar a cooperação na Síria.

O ministro da Defesa russo, Serguêi Choigu, nomeou o diretor da operação na Síria, o coronel-general Aleksandr Dvôrnikov, ao posto de comandante do Distrito Militar do Sul da Rússia. Dvôrnikovtornou-se conhecido após a retirada do principal agrupamento das forças aeroespaciais russas da Síria.

O novo comandante continuará conduzindo missões de reforço de segurança nos territórios do sul da Rússia. Além disso, no âmbito do amplo rearmamento do Exército russo, a Frota do Mar Negro e o agrupamento militar na região do Cáucaso serão os primeiros a receber nova tecnologia e tipos de armas.

Também na costa do mar Negro e na cidade de Novorossiisk, a 1.500 quilômetros ao sul de Moscou, está prevista a abertura de uma nova base naval na qual seis submarinos equipados com mísseis de cruzeiro Kalibr ficarão posicionados para proteger o país das ações da Otan na região.

Atualmente, o Distrito Militar do Sul é o principal posto avançado da Rússia, sendo responsável por garantir a segurança na região do mar Negro, evitar a infiltração de grupos terroristas no Cáucaso do Norte e dar suporte às ações das tropas aeroespaciais na Síria.

O novo comandante para a operação síria ainda não foi apontado.

Sucesso n carreira

A notícia não foi surpresa nos círculos militares, que já aguardavam a ascensão de Dvôrnikov devido às suas conquistas na campanha síria. “As principais missões das forças aeroespaciais russas na Síria foram cumpridas, ele conseguiu mudar o rumo do confronto entre as forças do governo e os combatentes do Estado Islâmico e da Frente al-Nusra”, disse à Gazeta Russa o especialista militar Víktor Litovkin.

Prova dos sucessos obtidos, segundo o analista, é o desejo de Washington de iniciar uma cooperação direta para a resolução do conflito sírio. “Dvôrnikov provou ser um comandante competente e profissional. Nossa aviação não cometeu nenhum erro: todos os ataques foram feitos com objetivos de exploração e corroboração, e isso contribuiu para a mudança na correlação de forças em solo”, disse.

As ações do comandante e da aviação russa ajudaram incrementaram as forças do Exército sírio e ajudaram a libertar mais de 30% dos territórios controlados por terroristas.

“As tropas partiram para o ataque em grande escala: livraram as principais rodovias, criaram postos avançados em lugares importantes, eliminaram milhares de guerrilheiros, suas fábricas e lojas de munição e, mais importante, privaram os terroristas de plataformas petrolíferas e refinarias que geravam milhões de dólares para os extremistas”, acrescentou Litovkin.

A Síria foi para Dvôrnikov um passo importante em sua carreira, concorda o observador militar russo Dmítri Safonov. “O comandante da campanha síria foi promovido. É um grande estímulo, sob o ponto de vista geopolítico, comandar uma das regiões mais importantes da Rússia”, diz o especialista.

Segundo Safonov, a gestão do coronel-general Aleksandr Gálkin, ex-comandante do Distrito Militar do Sul, não apresentou, porém, erros expressivos. “Gálkin será transferido para outro posto condizente com sua posição. Tudo isso acontece no âmbito da rotação entre comandantes das forças armadas”, explica.

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