Moscou retratada em telas ao longo de 200 anos

Parques silenciosos e antigas casas de madeira com igrejas de pedra branca ao fundo são apresentadas em pinturas da encantadora cidade nos séculos 19 e 20, agora expostas em museus de Moscou. A exposição “Moscow através dos tempos” segue aberta aos visitantes da Galeria Tretyakov até 21 de janeiro de 2018, enquanto a mostra “Moscou olhando para trás”, da Fundação IN ARTIBUS, permanecerá em cartaz até o próximo dia 30 de setembro. Confira abaixo os 10 quadros mais impressionantes.
Vassíli Surikov. Iluminação do Kremlin de Moscou, 1883

O Kremlin de Moscou é o cenário mais famoso da Rússia, destacando-se por seus majestosos portões, símbolos ornamentados e torre de relógio. A maioria das estruturas foi construída dos séculos 14 a 17 e deveria ser imponente; e assim permanecem até hoje. Esse ponto não é apenas o centro do poder russo, mas o coração do país.

Vassíli Polenov. Quintal em Moscou, 1878

É difícil acreditar que diversos bairros de Moscou (ainda que mais distantes) ainda se parecessem com aldeias no final do século 19. Casas de madeira e casernas, por exemplo, existiram perto do centro até a década de 1960.

Aristarkh Lentulov. Catedral de São Basílio, 1913

Essa catedral é provavelmente um dos símbolos mais reconhecíveis de Moscou, replicada em milhares de cartões postais e souvenirs. A São Basílio foi construída por Ivan, o Terrível entre 1555 e 1561 para marcar a vitória sobre o Canato de Kazan. Reza a lenda que o tsar ordenou que os arquitetos fossem cegados depois de completarem o trabalho dessa bela catedral para que não pudessem replicar ou superá-la em outro lugar.

Boris Kustodiev. Traktir em Moscou, 1916

Um “traktir” é um tipo de motel que possuía entre suas dependências um pequeno café barato, onde os viajantes não só podiam se hospedar durante a noite, mas também jantar. Os aristocratas russos preferiram ir a restaurantes, de modo que os “traktirs” eram lugares para os menos abastados, como cocheiros e pequenos burgueses. Schi (sopa de repolho) e sbiten (bebida feita de mel, água e compota) tinham presença certa no menu.

Aleksandr Labas. Metrô, 1936

O metrô de Moscou atende a população da capital russa desde 1935 e evoluiu para uma das maiores e mais movimentadas redes ferroviárias subterrâneas do mundo. Na década de 1930, havia apenas uma linha com 11 estações. Hoje já são 206 estações (das quais 44 são consideradas Patrimônio Cultural), com mais de 10 novas programadas.

Iúri Pimenov. Nova Moscou, 1937

Essa pintura foi feita em meio à reconstrução de Moscou por Stálin. O plano geral previa a criação de novas rodovias, pontes e estações de metrô.

Natália Nesterova. Casa de Gógol

Neste edifício no bulevar Nikitsky, o escritor Nikolai Gógol passou os últimos quatro anos de sua vida, até 1852. Ali também queimou alguns de seus manuscritos 10 dias antes de morrer. O monumento no pátio foi instalado para marcar o 100º aniversário do nascimento do escritor, em 1909. Em 1923, a casa foi transformada em um museu do autor clássico graças a Nadejda Krúpskaia, a mulher de Vladímir Lênin.

Konstantin Dorokhov. Universidade de Moscou, 1953

A Universidade Estatal de Moscou Lomonossov (MGU, na sigla em russo) foi fundada em 1755 e é uma das mais antigas e maiores instituições de ensino superior do país. Mas o edifício principal na Colina das Andorinhas (Vorobiovi Góri) retratado nesta imagem foi construído apenas em 1953 e se tornou símbolo da nova era da arquitetura soviética.

Evguêni Oks. Ruas da Velha Moscou, década de 1960

Na década de 1960, Moscou cresceu significativamente, ganhando novas áreas residenciais das aldeias vizinhas. Também teve início a era das “khruschevkas” (edifícios de apartamentos populares sob o governo de Khruschov). A Velha Moscou, porém, ainda era o lar das construções de madeira, onde as árvores eram mais altas do que os telhados.

Natália Nesterov. Rua Petchatnikov, 1985

A Casa de Moscou com Cariátides foi construída no início do século 19, após a invasão de Napoleão. Em 1896 foi comprada pelo artesão Piotr Sisoev (que ajudou a projetar o histórico hotel Metropol), que decidiu decorar a casa com seus trabalhos. Nos anos soviéticos, o espaço foi dividido em apartamentos comunais. Mais tarde, o prédio foi abandonado por um longo período, antes de ser transformado em salas de escritórios alugadas. A casa, que foi quase destruída, passou por uma grande reforma em 2013.

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