Matemáticos descobrem segredo para decifrar manuscrito ‘Voynich‘

Manuscrito é um código medieval ilustrado escrito por autor desconhecido entr e 1404 e 1438.

Manuscrito é um código medieval ilustrado escrito por autor desconhecido entr e 1404 e 1438.

Global Look Press
Especialistas em criptografia de todo o mundo eram céticos sobre decifrar o texto do século 15.

Cientistas do Instituto de Matemática Aplicada da Academia Russa de Ciências concluíram que o manuscrito “Voynich” está escrito em duas línguas, das quais foram excluídas as vogais. A descoberta foi divulgada pela agência de notícias RIA Nôvosti.

O manuscrito é uma obra medieval, escrita entre 1404 e 1438 por autores desconhecidos. Os pesquisadores tentam decifrá-lo já há 600 anos, mas sem sucesso, já que o idioma do manuscrito é desconhecido.

O artefato foi descoberto pelo antiquário Wilfrid Voynich em um antigo castelo próximo a Roma.

O conteúdo do manuscrito teria sido criptografado, segundo os russos, com base no seguinte princípio: um texto escrito em duas línguas com espaços e vogais removidos. Os conjuntos de caracteres resultantes são fundidos em um novo texto, distribuindo-se espaços por ele.

Segundo os especialistas russos, quase 60% do texto é escrito em inglês ou alemão e, o restante, em alguma das línguas românicas - italiano ou espanhol, ou ainda latim.

As conclusões foram tiradas após análises estatísticas do texto.

“Mas não sei até que ponto é importante, hoje em dia, a compreensão do texto como tal, porque, a julgar pelas imagens, nele se explica em qual época do ano é preciso plantar papoulas, para depois obter o ópio a partir delas”, diz o coautor do estudo, Iúri Orlov.

Para ele, restaurar todo o texto sem vocalização é uma tarefa impossível, pois o resultado é um número excessivamente grande de variantes de palavras compreensíveis.

No momento, os cientistas buscam determinar as línguas em que o manuscrito foi escrito.

Anteriormente, até peritos da CIA e da NSA se empenharam em decifrar o manuscrito. Já o criptólogo Gordon Rugg tinha declarado que o manuscrito poderia ser falso por “não ter sentido algum”.

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