Cientistas descobrem cemitério de mamutes na Sibéria

Entre os fragmentos maiores foi encontrado um fêmur de quase de 1,15 m

Entre os fragmentos maiores foi encontrado um fêmur de quase de 1,15 m

Assessoria de imprensa
Número recorde de ossos de animais extintos foram achados perto de Novosibirsk. Três teorias tentam explicar eventos históricos por trás de descoberta.

Cientistas da Universidade Estatal de Tomsk (TGU, na sigla em russo) encontraram um enorme “cemitério” de mamutes e outros animais extintos em Vóltchia Griva (Pelagem de Lobo, em português), nas proximidades da cidade siberiana de Novosibirsk.

Durante as escavações, foi descoberta uma quantidade sem precedentes de vértebras, costelas e ossos de filhotes e mamutes adultos (pertencentes a, no mínimo, oito animais) a uma profundidade de 1,7 a 2,1 metros.

Em algumas áreas havia mais de 100 restos mortais por metro quadrado.

Além disso, entre os fragmentos maiores havia um fêmur de quase de 1,15 metros de comprimento, que, segundo os pesquisadores, teria pertencido a um mamute macho com cerca de 50 anos, mais de seis toneladas e altura superior a três metros.

Pelas estimativas dos paleontólogos de Tomsk, as ossadas encontradas permaneceram de 25 a 30 milênios no interior das camadas de rochas.

Foto: Assessoria de imprensaFoto: Assessoria de imprensa

Três teorias para extinção

São diversas as versões para explicar a descoberta de uma quantidade tão grande de restos de mamutes no território da atual Sibéria.

“Existem diferentes hipóteses. De acordo com a versão mais difundida, os mamutes caíram em uma armadilha natural (Voltchia Griva teria sido uma ilha que, mais tarde, foi inundada), onde acabaram morrendo de fome”, disse à Gazeta Russa o líder da expedição, Serguêi Leschinski, que é chefe do Laboratório de Ecossistemas do Mesozoico e Cenozoico da TGU.

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“Outra linha de pensamento sugere que os animais foram mortos por humanos. Ferramentas de pedra, artefatos que foram descobertos durante as escavações, corroboram essa hipótese”, acrescentou.

Os paleontólogos da TGU apresentaram ainda uma terceira teoria, segundo a qual, há mais de 10 mil anos, no lugar do acidente geográfico atual existia uma área para onde afluíam animais que sofriam de deficiência de minerais no organismo – esses lugares são, geralmente, chamados de “solonetz (tipo de solo salino) dos animais”.

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“Os animais buscavam determinados trechos da paisagem para suprir suas necessidades de minerais. Por exemplo, comiam plantas enriquecidas com elementos essenciais: sódio, cálcio e magnésio”, explicou Leschinski.

“Durante as grandes migrações, quando centenas de animais estavam no mesmo território, um ou dois mamutes, cujos ossos encontramos agora, poderiam ter morrido devido a diferentes razões, inclusive, por causa de predadores”, completou.

No total, a expedição descobriu 785 diferentes fragmentos que ainda devem ser estudados. Além dos ossos de mamutes, foram identificados alguns ossos de bisão, cavalo, predadores (presumivelmente, de raposa ou raposa polar) e roedores.

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Escavações – Parte 2

Segundo o paleontólogo, as descobertas mais interessantes serão agora encaminhadas para datação por radiocarbono, um método utilizado para determinar a idade exata de restos mortais.

O Instituto de Arqueologia e Etnografia da Academia Russa de Ciências será responsável pelo preparo das amostras. Já o procedimento, deverá ser realizado na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos.

Fonte: YouTube/TvUniversitetTSU

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