Crise pode derrubar custo de voos turísticos para o espaço

O objetivo da KosmoKurs é colocar em órbita cerca de 7.000 turistas nos primeiros 10 anos de funcionamento Foto: kinopoisk.ru

O objetivo da KosmoKurs é colocar em órbita cerca de 7.000 turistas nos primeiros 10 anos de funcionamento Foto: kinopoisk.ru

Com planos de abocanhar 50% do atual mercado de turismo espacial, KosmoKurs deve rever o custo de passagens turísticas espaciais. Atualmente, cada minuto em órbita, em ausência de gravidade, custa entre US$ 200 a 250 mil.

A crise econômica e a desvalorização do rublo levaram à introdução de correções nos planos das startups espaciais russas. Segundo informou à Gazeta Russa o CEO da KosmoKurs, Pável Púchkin, a empresa pode reduzir os preços das viagens ao espaço orbital, que são atualmente vendidas entre US$ 200 e 250 mil.

O último preço foi apresentado em meados de 2014, depois de uma pesquisa no mercado internacional. Apesar de as vendas já estarem sendo feitas, o início dos testes só está previsto para 2018. Em 2020, a empresa pretende enviar o primeiro turista ao espaço.

O objetivo da KosmoKurs, composta por especialistas que participaram da criação do sistema reutilizável Buran e da família de foguetes Angará, é colocar em órbita cerca de 7.000 turistas nos primeiros 10 anos de funcionamento. Isso equivale a quase 50% do atual volume de mercado do turismo espacial.

Segurança no espaço

O preço da viagem inclui formação, cinco minutos sem gravidade, um filme sobre o voo e traje espacial. “Quando estiver em órbita, a pessoa pode soltar o cinto de segurança, voar, brincar com a comida espacial e admirar a paisagem do Espaço”, diz Púchkin, acrescentando que a curta permanência em órbita se deve a requisitos de segurança. “Não queremos enviar turistas mais para cima, uma vez que lá já poderão ser surpreendidos por pequenas partículas cósmicas.”

A não garantia de segurança total dos turistas é apontada por especialistas como o principal problema do turismo espacial.

“Aquilo que aconteceu com a nave do [milionário britânico Richard] Branson foi uma tragédia, mas, infelizmente, é importante não esquecer que acidentes com protótipos não são incomuns na fase de testes”, afirma Aleksêi Beliakov, vice-presidente e diretor-executivo do cluster de tecnologias espaciais e telecomunicações da Fundação Skôlkovo.

Atualmente, outras empresas globais já praticam voos de duas semanas para à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O preço desse tipo de voo varia de US$ 30 a 50 milhões.

A cantora britânica Sarah Brightman, que irá para o espaço em outubro, está passando por um programa de formação. Com duração de nove meses, o treinamento consiste em aulas práticas e teóricas.

 

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