Defesa antiaérea russa está preparada para reação rápida, diz ministro da Defesa

Principal tarefa do exercício consistiu em determinar o quanto as forças de plantão e os meios de defesa antiaérea são capazes de assegurar uma cobertura do espaço aéreo no oeste da Rússia Foto: PhotoXPress

Principal tarefa do exercício consistiu em determinar o quanto as forças de plantão e os meios de defesa antiaérea são capazes de assegurar uma cobertura do espaço aéreo no oeste da Rússia Foto: PhotoXPress

“Em geral, as tropas de defesa aérea e as formações militares da Força Aérea são capazes de executar as tarefas necessárias para repelir o ataque aéreo e espacial do inimigo, derrotar suas instalações em solo e de transportar as tropas para áreas designadas”, disse Shoigu.

As condições da defesa antiaérea russa, da aviação de longa distância, da linha de frente e de transporte e de partes do distrito militar ocidental foram testadas com a presença do ministro da defesa, Serguêi Shoigu, na semana passada.

Mais de 8.700 pessoas, 185 aviões e 240 veículos blindados estavam envolvidos na operação. Para o ministro, os resultados foram animadores.

“Os resultados finais nós ajustaremos mais tarde, mas podemos dizer que, em geral, as tropas de defesa aérea e as formações militares da Força Aérea são capazes de executar as tarefas necessárias para repelir um ataque aéreo e espacial do inimigo, derrotar suas instalações em solo e transportar as tropas para áreas designadas”, disse Shoigu.

Ele lembrou que a principal tarefa do exercício consistiu em determinar o quanto as forças de plantão e os meios de defesa antiaérea são capazes de assegurar uma cobertura do espaço aéreo no oeste da Rússia. Para isso, foi planejado o recuo da aviação sob ataque de um inimigo hipotético, e a desconcentração dos aviões em aeródromos estratégicos.

Na prática, foi repelido um ataque pesado aéreo e de mísseis de um inimigo hipotético. Os aviadores realizaram uma interceptação real e a destruição de um míssil aerodinâmico lançado no ar. Os cálculos de combate das divisões C-300 na área de treinamento Ashuluk conduziram exercícios com fogo real contra alvos aéreos. E tripulações militares da Força Aérea realizaram um bombardeio em áreas desconhecidas de treinamento.

É claro que em tais operações as forças de desembarque desempenham um papel especial. O comandante das Tropas de Paraquedistas, Vladímir  Shamanov, acredita que na composição das formações militares da “infantaria com asas” é preciso ter subdivisões da aviação militar, veículos aéreos não tripulados, e também os aviões Antonov An-2.

Frentes

Atualmente, o mapa de defesa da Rússia tem quatro diferentes estruturas militares, registradas nas fronteiras dos distritos militares.

As divisões terrestre, aérea e marítima cobrem as suas zonas de responsabilidade e respondem aos comandantes dos distritos. O Comando de Moscou tem exclusivos somente a tríade nuclear [composta por bombardeiros estratégicos e mísseis nucleares de longo alcance, lançados por terra e mar] e, em certo sentido, as Tropas Aerotransportadas, que são a reserva do presidente da Federação Russa.

Durante os grandes exercícios, o Estado-maior pode arremessar as brigadas e divisões de um palco de ações militares para o outro. Para atender as tarefas mais urgentes existem as Forças de Operações Especiais. No entanto, de acordo com Shamanov, somente o seu potencial de combate em casos de força maior pode não ser suficiente.

“Tenho plena convicção de que, dentro dos moldes da nova estrutura –vamos chamá-la de forças de reação rápida–, devem estar unificadas nas linhas costeiras, sob o comando unificado do Estado-Maior, as Tropas Aerotransportadas, as Forças de Operações Especiais, as brigadas de forças especiais subordinadas operativamente, as formações militares e partes da infantaria da marinha”, informou Shamanov em entrevista à “RIA Nóvosti”.

“Então, em um país com uma fronteira terrestre de 50 mil km, banhada por três lados por mares e oceanos, além dos quatro comandos estratégicos operacionais, surgirá um quinto comando estratégico operacional móvel, que permitirá uma reação complexa a ameaças e desafios dentro e fora das fronteiras do país. Antes de mais nada, refiro-me às operações de manutenção da paz no contexto da nossa relação com as Nações Unidas e a Organização do Tratado de Segurança Coletiva.”

Ele informou esta proposta para a nova chefia do Estado-Maior. Agora, de acordo com o comandante das Tropas Aerotransportadas, a questão está sendo estudada.

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