Objetivos do Brics estão alinhados aos do G20, diz Pútin

Dilma Rousseff (Brasil), Narendra Modi (Índia), Vladímir Pútin (Rússia), Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul)

Dilma Rousseff (Brasil), Narendra Modi (Índia), Vladímir Pútin (Rússia), Xi Jinping (China) e Jacob Zuma (África do Sul)

brics2015.ru
Em reunião prévia à cúpula do G20, líderes do Brics voltaram a criticar reforma do FMI e apoiaram união internacional contra o terrorismo.

Em reunião com os chefes de Estados dos Brics, o presidente russo Vladímir Pútin destacou no domingo (15) que a agência de cúpula do 20 está alinhada às questões prioritárias para os Brics e afirmou haver consenso entre os grupos em questões antiterrorismo.

“É oportuno que a agenda da cúpula do G20 esteja relacionada às questões que os países Brics têm como prioridade de trabalho”, disse Pútin, durante rápido discurso entre os líderes do grupo.

Na manhã de domingo, os chefes de Estado do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) realizaram um encontro preliminar à reunião de cúpula do G20 – que reúne as 20 maiores economias do mundo – em Antália, na Turquia.

Entre as prioridades em comum, Pútin destacou o desenvolvimento de uma economia global aberta, a expansão e diversificação das trocas comerciais, de transporte e de tecnologia, e a reforma do sistema financeiro e monetário global, com maior participação dos Brics no Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também apresentou a insatisfação dos líderes do grupo com a “falta de progresso na modernização de instituições financeiras internacionais”, sobretudo em relação ao FMI.

A proposta, segundo a nota do governo brasileiro, é que o FMI, com a ajuda do G20, intensifique esforços para revisar a distribuição de cotas na instituição financeira, de modo a incluir países emergentes.

“A adoção das reformas de 2010 do FMI continua a ter a maior prioridade para salvaguardar a credibilidade, legitimidade e eficácia do FMI, e os líderes instam os Estados Unidos a ratificarem essas reformas o mais cedo possível”, lê-se no comunicado divulgado pelo Itamaraty.

Banco do Brics

Ainda segundo Pútin, o formato integral do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e do fundo de reservas, com recursos totais de US$ 200 bilhões, devem aumentar a eficácia e fiabilidade do sistema financeiro global.

“Esses novos instrumentos permitem ao nosso grupo realizar programas de cooperação grandes  e estrategicamente importantes de forma independente. O Banco de Desenvolvimento selecionando ativamente projetos tecnologia e de infraestrutura, e vai começar a financiá-los muito em breve”, disse o presidente.

O anúncio de projetos que serão financiados pelo Banco do Brics também pautou o discurso do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na reunião de domingo. Segundo ele, o banco vai lançar em breve o primeiro projeto na esfera das energias renováveis, “de preferência, no território dos Brics”.

Modi sugeriu ainda a elaboração de um roteiro para desenvolver a cooperação entre os Brics nos setores de comércio, economia e investimento até 2020.

Terrorismo

Em seus discursos, os líderes do Brics condenaram os atentados ocorridos em Paris na última sexta-feira (13) e defenderam o fortalecimento da cooperação entre os países do grupo com outras nações na luta contra o terrorismo.

“Em relação à ameaça terrorista, todos vimos o horror que aconteceu recentemente em Paris. Prestamos solidariedade a todos os afetados por esses ataques, mas continuamos a pedir uma iniciativa comum para combater a ameaça terrorista de modo eficaz”, disse Pútin.

A presidente brasileira Dilma Rousseff, que prestou “condolências” às vítimas da tragédia com a aeronave da companhia russa Kogalimavia (conhecida como MetroJet), também citou a importância de uma ação conjunta da comunidade internacional para o “combate sem trégua ao terrorismo”.

 

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