Oi recebe proposta de investimento russa de US$ 4 bi

Reuters
Condição para investimento seria fusão da operadora com a subsidiária brasileira da Tim.

A LetterOne, companhia do bilionário russo Mikhail Fridman, anunciou ter intenções de investir 4 bilhões de dólares na Oi, de acordo com a operadora brasileira.

A Oi recebeu por meio do banco de investimentos BTG Pactual a proposta da LetterOne, que fala em iniciar as negociações "sobre a possível transação com o objetivo de uma possível consolidação do setor de comunicações brasileiros com a potencial participação da TIM".

Em agosto do ano passado, a assessoria da Oi anunciou que essa estava analisando a possibilidade de fusão com outras operadoras, entre elas, a Tim Participações, subsidiária da Telecom Itália no Brasil.

Nesse período, a Oi contratou o BTG Pactual para analisar possíveis negociações.

"Atualmente, a LetterOne é o mais conhecido consórcio de investidores russos no exterior. Sua base se concentra nos sócios do Alfa-Group, o maior grupo financeiro na Rússia atual: Mikhail Fridman, Aleksêi Kuzmitchov e Guêrman Khan", diz  o analista de mercado Aleksêi Lossan.

"Com a venda de sua parte no empreendimento petrolífero à inglesa BP, a empresa captou quase 16 bilhões de dólares, que investe ativamente em projetos no exterior. Por exemplo, uma parte foi para a compra, por 5,5 bilhões de dólares, da companhia de petróleo e gás europeia DEA, seguida pela transação, por, 1,1 bilhão, de fontes no Mar do Norte. As telecomunicações estão entre suas principais tendências de negócios , assim como o investimento no segmento de petróleo e gás", completa.

Quem é Mikhail Fridman

Mikhail Fridman, 51, é o segundo empresário mais rico da Rússia, segundo o ranking de 2015 da revista Forbes, com um patrimônio de US$ 14,6 bilhões.

É sócio e presidente do conselho do Alfa Group, consórcio que inclui banco de varejo, de investimentos, seguradoras, redes de supermercados etc., detendo 40% das ações do grupo.

Fridman é russo, mas tem cidadania israelense e vive em Londres, além de falar ucraniano. É membro do conselho da VimpelCom, holding de telecomunicações com ativos em países da CEI (Comunidade dos Estados Independentes), Itália e países asiáticos e africanos.

Foi um dos fundadores , em 1996, do Congresso Russo-Hebreu, do qual se tornou vice-presidente e líder do comitê de cultura. Tem prestado auxílio considerável a iniciativas judias nos últimos anos na Rússia e na Europa, com a criação do Fundo Hebreu Europeu e de organizações em prol de uma Europa mais tolerante.

Entre 1995 e 1998, fez parte do conselho de diretores da companhia de TV "ORT" (da sigla em russo "Televisão Pública Russa").

Em 2009, teve um encontro com o então presidente russo Dmítri Medvedev que observadores relacionaram com o conflito posterior entre o Alfa Group e a holding "Bázovi element", de Oleg Deripaska.

 

Com material do jornal econômico RBC.

 

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