Cai fluxo de turistas russos no Brasil

Operadora de turismo diz que busca de russos pelo Brasil caiu 50% e foi ultrapassada por Bielorrússia e Cazaquistão.

Operadora de turismo diz que busca de russos pelo Brasil caiu 50% e foi ultrapassada por Bielorrússia e Cazaquistão.

EPA
Segundo operadores, ou clientes-VIP ou muito econômicos visitam o país, que já não recebe a classe média russa

Um dos resultados da visita realizada pelo vice-presidente brasileiro Michel Temer a Moscou em setembro foi o anúncio de abertura de um Escritório Brasileiro de Turismo na capital russa, além de site em língua russa para estimular turistas russos a visitarem o país.

Após acordo fechado no ano 2010, quando se instituiu que cidadãos dos dois países não precisavam mais de vistos de turismo para estadias de até 90 dias, o número de turistas russos no Brasil cresceu mais de 130% entre 2010 e 2014.

Mesmo assim, o Brasil não entrou para a lista dos 50 destinos mais populares entre os russos, e, em 2015, o fluxo turístico para países latino-americanos voltou a encolher. Os principais motivos desse movimento foram a crise econômica vivida pela Rússia, a queda do rublo, além de mudanças no regime de saída do país para militares e algumas categorias de funcionários públicos.

Na mão inversa, por sua vez, apenas 31 mil turistas brasileiros visitaram a Rússia em 2014.

"Nos meses anteriores de 2015, a quantidade de russos que querem visitar o Brasil como turista, de acordo com nossos dados, caiu 50%. Nesse sentido, as buscas têm sido muito mais ativas por parte da Bielorrússia, Cazaquistão e países europeus", afirma a diretora da agência de turismo baseada no Rio de Janeiro Ada Tours Brasil, Anna Avanessova.

Segundo ela, no momento, só viajam da Rússia ao Brasil pessoas de nível econômico muito alto, clientes VIP, ou aqueles que querem férias muito em conta.

"Da classe média, quase não há ninguém. O turista russo raramente escolhe um tour exótico, do tipo 'Escola de sobrevivência na floresta amazônica'. Assim, se turista russo vai ao Brasil, geralmente pede uma viagem já para vários países do continente, o que organizamos. Tanto nós, como outras companhias nesse mercado, buscamos satisfazer os pedidos e levar em consideração as dificuldades econômicas da sociedade russa. Mas já se pode sentir os efeitos da crise", diz Avanessova.

Versão reduzida de material do portal Regnum. 

 

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