Após crescimento em 2012, indústria de cinema da Rússia busca novos recordes em 2013

Foto: PhotoXpress

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Há todas as razões para esperar novos recordes. Prova disso são dois contratos de grande porte concluídos em dezembro passado. Em um deles, duas grandes redes de cinemas, a Fórmula Kino e a Kronverk Cinema, se juntaram para operar 254 salas na Rússia e na Ucrânia. A rede Cinema Park, líder nacional, possui 272 salas.

O ano de 2012 foi bom tanto para o mercado russo de distribuição de filmes quanto para a produção de cinema nacional e foi marcado por uma série de eventos importantes.

Entre os destaques está o filme de animação “A Idade do Gelo 4: Deriva Continental”, exibido em 2.090 salas no país no ano passado.

Até agora, nenhum outro filme havia conseguido ultrapassar a marca de 2.000 salas –em 2011, o longa mais exibido no circuito comercial russo, “Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas”, atingiu a marca de 1.716 salas. Esses números ainda estão muito longe de competir com o dos americanos, mas já não são tão modestos.

Há todas as razões para esperar novos recordes em 2013. Prova disso são dois contratos de grande porte concluídos em dezembro passado. Em um deles, duas grandes redes de cinemas, a Fórmula Kino (a sexta maior rede do país em número de salas) e a Kronverk Cinema (a quarta), se juntaram para operar 254 salas na Rússia e na Ucrânia. A rede Cinema Park, líder nacional, possui 272 salas.

Outra notícia não menos importante foi a da compra do controle acionário da rede de cinemas Karo Film, até recentemente a segunda maior do país, por Paul Heath.

Heath é uma figura emblemática do mercado de cinema russo. Foi ele quem abriu, em 1996, em Moscou, o cinema Kodak Kinomir, o primeiro do país equipado com o sistema de som Dolby Surround. Em 2002, o empresário fundou a rede de cinemas Kinostar Delux, que, depois de ser vendida a Vladímir Potanin, abriu caminho para a Cinema Park se tornar a maior do país.

Produção

Já no setor de produção de filmes, a situação é um pouco menos animadora. Se em 2011, três dos 10 maiores filmes em receitas de bilheteira foram produções nacionais, em 2012, a maior bilheteira nacional, “Alma-Less” (Desalmado), não chegou a ser incluída sequer no rol dos 20 filmes de maior receita.

Esse pode ser um motivo para que as condições de apoio do governo à produção cinematográfica sejam revistas. Em 2013, a Fundação Cinema, que apoiava financeiramente a produção de filmes nacionais, contará com a colaboração do Ministério da Cultura, que irá patrocinar projetos socialmente relevantes.

Além disso, o Instituto Nacional de Cinematografia (VGIK, na sigla em russo) e o Ministério da Cultura acordaram em apoiar financeiramente as produções estreantes de longa-metragem dos vencedores do Festival Internacional de Cinema organizado pelo VGIK.

Enquanto isso, talentosos cineastas russos continuam sonhando com Hollywood. Após Timur Bekmambetov, já quase radicado em Los Angeles, outro cineasta russo, Aleksandr Rodnianski, foi à Califórnia, onde fechou, com o agente de Angelina Jolie, Geyer Kosinski, um fundo de investimento de US$ 120 milhões para a produção de seis longa-metragens.

Entre eles estão o drama de Billy Bob Thornton, “O carro de Jayne Mansfield”, e dois projetos de Robert Rodriguez.

Mas há quem deseje conquistar outros países com produções rodadas na Rússia. A cada ano, as feiras de cinema, inclusive aquelas realizadas no âmbito do Festival Internacional de Cinema de Moscou e do Festival Kinotavr, se tornam cada vez mais ativas. Especialistas explicam isso pelo interesse sempre crescente de empresas distribuidoras estrangeiras pelo cinema russo.

É verdade que ainda não temos motivos para relatos vitoriosos. Nosso mercado de cinema só está em fase de desenvolvimento. Porém, o mais importante é que ele siga sempre em frente, ainda que a passos de bebê, e nunca para trás. 

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