Rússia construirá observatório em área de 100 km2

O detector Tunka-133 (na foto) está localizado a 50 quilômetros do lago Baikal e registra os raios cósmicos. Foto: Divulgação

O detector Tunka-133 (na foto) está localizado a 50 quilômetros do lago Baikal e registra os raios cósmicos. Foto: Divulgação

Complexo deve ajudar cientistas a estudar componentes da radiação cósmica e obter informações sobre evolução do universo.

No vale do Tunka, na unidade administrativa da Buriátia (sul da Sibéria Oriental), iniciou-se a construção de um observatório de raios gama, o "Tunka HiScore", em uma  área de 100 quilômetros quadrados.

O anúncio foi feito pelo vice-reitor da Universidade de Irkutsk, Aleksandr Argutchintsev. O projeto conta com a participação de cientistas alemães.

Segundo Arguchintsev, os primeiros detectores experimentais deverão ser instalados em outubro deste ano. Entre 2013 e 2014, a área do complexo será expandida para um quilômetro quadrado e, em 2016, para 10 quilômetros quadrados.

O projeto está orçado em 1,5 bilhões de rublos (cerca de US$ 50 milhões), e levará 10 anos para ser finalizado.

Em 2009, o maior detector de radiação Cherenkov do mundo, o Tunka-133, iniciou operações na Buriátia.

O detector está localizado a 50 quilômetros do lago Baikal e registra os raios cósmicos utilizando a técnica Cherenkov, que permite detectar a radiação gerada em um meio transparente por uma partícula carregada vinda a uma velocidade superior à da luz.

A instalação consiste em 133 detectores ópticos localizados em uma área de um quilômetro quadrado e permite obter dados sobre a evolução do universo.

Segundo Arguchintsev, o conselho científico de raios cósmicos da Academia de Ciências da Rússia aprovou, em sua reunião no início de julho deste ano, o projeto de construção de instalações ampliadas.

Ainda de acordo com ele, a região do lago Baikal será o único lugar do planeta onde os cientistas poderão estudar todos os componentes de alta energia da radiação cósmica e obter novas informações sobre o passado, presente e futuro do universo.

O projeto envolve também o Instituto de Física Nuclear, o Instituto de Pesquisa Nuclear, a Universidade de Hamburgo e o centro DESY, maior centro alemão de física de partículas, segundo revelou Arguchintsev.

Os raios cósmicos são também estudados pelo observatório astrofísico orbital Radioastron colocado em órbita circunterrestre em julho do ano passado.

O observatório é destinado ao estudo de objetos astronômicos e ao monitoramento, com a ajuda do equipamento Plasma-F, do meio interplanetário e processos de aceleração de partículas cósmicas.

Para ver o artigo na íntegra em russo, clique em: http://www.bfm.ru/news/2012/09/02/v-burjatii-postrojat-observatoriju-v-100-kvadratnyh-kilometrov.html

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