“Nunca é demais ver avião no ar”

Foto: Rossiyskaya Gazeta

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Uma festa tomou conta de Jukóvski, cidade nos arredores de Moscou que recebeu delegações do mundo inteiro para celebrar o centenário da Força Aérea Russa.

No último domingo (12), na cidade de Jukóvski, nos arredores de Moscou, a Força Aérea Russa celebrou seu centenário com um show aéreo que contou com a presença de delegações do mundo todo, entre elas, a do Brasil.

O tenente-brigadeiro Antônio Franciscangelis Neto, Secretário de Economia e Finanças da Força Aérea, chefiou a delegação das Força Aérea Brasileira, e falou com exclusividade à Gazeta Russa.

Como o sr. pode caracterizar a situação atual nas relações técnico-militares entre o Brasil e a Rússia?

A cooperação melhora e aumenta cada vez mais. Nosso primeiro astronauta foi lançado com foguete russo, e da área espacial até a militar temos outras atividades conjuntas.

Por exemplo, adquirimos mísseis de artilharia antiaérea, helicópteros russos. Temos parcerias militares fazendo intercâmbio de pilotos, de pessoal de manutenção. Nós temos interesse em aumentar esse intercâmbio, principalmente na Força Aérea, que eu represento.

Da esq. para a dir.: Major Alexandre Galindo de Carvalho, Tenente-Brigadeiro Antonio Franciscangelis Neto e Coronel Braganca. Foto: Arquivo pessoal

Como o sr. vê as perspectivas das relações?

O Brasil é um país que precisa crescer cada vez mais, e precisa de parceiros que tenham um nível de tecnologia superior, como a Rússia. Temos também uma indústria aeronáutica que pode muito bem fazer parceria e cooperações de alta tecnologia com a indústria russa. Enfim, na área espacial, militar, científico-tecnológica existe uma gama enorme de possibilidades.

Como o sr. poderia avaliar as perspectivas do [avião ligeiro de combate] Embraer Super-Tucano no âmbito de cooperação militar entre o Brasil e a Rússia?

Acho que há um interesse muito grande, que já foi expressado pelas autoridades russas, em conhecer essa aeronave. Não apenas devido à capacidade operacional, mas também para o treinamento de pilotos, tendo em visto que o Tucano é um avião muito avançado e foi desenhado para trabalhar na área de proteção das fronteiras, combater traficantes.

Os traficantes usam aviação de baixa performance, voando muito baixo, e o Tucano foi desenhado especialmente para cumprir estas missões, tem armamento próprio para isso. Acho que ele tem perspectivas não só para utilização como avião de combate leve, mas também para treinamento.

Como o sr. pode avaliar a visita à Rússia?

Eu estou aqui particularmente para trazer um abraço de todos os pilotos de caça, de aviação de transporte, de helicópteros, de toda a Força Aérea Brasileira à Força Aérea Russa.

Qual é seu avião predileto neste show aéreo?

Estou, como sempre, esperando pelo Sukhôi-35. Vimos o T-50 que é um dos que queríamos, porque tem uma tecnologia nova. Agora esperando outros voos.

Como disse, estou pessoalmente muito voltado para aviação de combate, de caças. O Sukhôi-35 sempre dá uma bela demonstração. Já conheço e já voei no Sukhôi-27 no Brasil. Tenho muito conhecimento sobre a capacidade dos aviões, mas nunca é demais vê-los no ar!  

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