Vocord lança sistema de reconhecimento facial 3D

Foto: vocord.ru

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Fabricante russa apresentou o protótipo industrial de um equipamento para reconhecimento facial em três dimensões que permite reconhecer em tempo real os rostos de pessoas em movimento. Os primeiros testes serão feitos em estádios de futebol de Moscou para vigiar torcedores mais agressivos.

Residente do parque de inovações Skôlkovo, nos arredores de Moscou, a Vocord passou a investir em tecnologias de reconhecimento facial 3D há cerca de quatro anos, utilizando a técnica de luz estruturada para capturar regiões faciais e criar um modelo em três dimensões.

“No início trabalhávamos com uma tecnologia de reconhecimento facial 2D, porém, ao percebermos sua limitações – o equipamento conseguia reconhecer um rosto posicionado em um ângulo superior 15 graus da lente da câmera – decidimos experimentar o 3D”, diz o diretor técnico e cofundador da empresa, Aleksêi Kadeichvílli.

De acordo com o empresário, a Vocord mantém atualmente negociações com dois estádios de Moscou para testar seu produto. “Nosso sistema poderia ajudar os serviços de segurança a criar um banco de dados de torcedores mais agressivos que necessitam ser vigiados durante as partidas”, conta.

Uma técnica de luz infravermelha estruturada também é usada pelo sistema de reconhecimento 3D de outra empresa russa, a Artec Group.

Desenvolvido há mais de dez anos, esse programa é atualmente empregado algumas organizações russas, como o museu Hermitage, em São Petersburgo, o aeroporto da cidade de Norilsk e as agências do Sberbank de Moscou e de Iekaterimburgo.

Entretanto, segundo Kadeichvílli, os sistemas baseados em luz infravermelha apresentam uma série de desvantagens, pois “não funcionam à luz solar nem permite recriar regiões faciais microtexturizadas como barba, bigode e sobrancelhas”.

Como funciona


A tecnologia de reconhecimento 3D elaborada pela Vocord utiliza um método de busca de pontos idênticos em imagens tiradas simultaneamente. Por meio da sobreposição das diversas fotografias é possível então compor um modelo facial em três dimensões.  

O modelo obtido é confrontado automaticamente com as imagens existentes no banco de dados.
“Essa tecnologia utiliza algoritmos mais sofisticados de processamento de dados e permite passar sem luz estruturada, reconstruindo o modelo facial em 3D mesmo quando o objeto em análise está distante da câmera”, adianta o diretor técnico da empresa.

O sistema também utiliza câmaras especiais de alta resolução desenvolvidas pela própria empresa capazes de operar em condições de má iluminação.

“Usamos processadores gráficos Nvidia para acelerar cem vezes o processo de cálculo e, assim, minimizar o tempo de produção da imagem,. Como resultado, o reconhecimento passou a ser de um segundo por pessoa, o que nos permite usar o sistema em tempo real”, assegura Kadeichvílli.

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