Brasil terá estação terrestre do Glonass

A Rússia irá instalar no Brasil uma estação terrestre de correção integrada ao sistema de localização por satélite Glonass. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18) pelo vice-diretor do centro de Sistemas Russos por Satélite, Serguêi Karútin.

Infografico: ITAR-TASS

O desafio de criar um sistema de correção e monitoramento, além de uma infraestrutura e canais de comunicação por satélite, é uma das missões do centro de Sistemas Russos por Satélite.  “Atualmente, temos três estações no exterior e uma rede de estações de correção diferencial e monitoramento (ECDM) na Rússia”, diz Serguêi Karútin, vice-diretor do instituto.

As ECDM fazem parte do sistema de localização por satélite Glonass e permitem localizar objetos com precisão de um metro.

Dentre os futuros projetos do centro, está a instalação, no Brasil, de uma estação terrestre de correção integrada ao sistema de localização por satélite Glonass. “Temos um acordo fechado e agora estamos na fase final, cumprindo as formalidades legais necessárias à entrada do equipamento no território brasileiro”, conta.

Na Rússia, uma rede de ECDM garante a precisão de monitoramento no hemisfério Norte. Para aumentar a exatidão do sistema Glonass no hemisfério Sul, são necessárias outras estações.  E a instalação de uma estação de correção no Brasil é um dos passos para a solucionar esse desafio.

“Assim, teremos a possibilidade de precisar rapidamente os parâmetros de tempo e frequência, e enviá-los ao consumidor”, disse. Para tanto, foram criados canais de comunicação terrestres e satélites retransmissores Luch.

A intenção é colocar em órbita três retransmissores. O primeiro satélite de retransmissão chamado Luch-5 A já está em órbita terrestre e está sendo levado para seu ponto de estacionamento, informou Karútin. “Esperamos que os testes do satélite retransmissor comecem já em junho deste ano.”

Ainda de acordo com ele, a Rússia está concluindo a construção do segundo satélite retransmissor Luch, e o terceiro deverá partir para o espaço no primeiro trimestre de 2014.

O país pretende ainda instalar uma ECDM do sistema Glonass na Austrália. “Essa proposta foi encaminhada para análise do Ministério das Relações Exteriores”, esclareceu Karútin.

Sistema Glonass


O segmento civil do sistema de localização por satélite Glonass foi concebido para definir coordenadas e velocidade de qualquer objeto em movimento equipado com um receptor de sinais correspondente.


Inicialmente, o Glonass, colocado em operação em setembro de 1993, servia aos interesses do ministério da Defesa e contava com uma frota de 12 satélites.

Em dezembro de 1995, o número de satélites subiu para 24. No entanto, problemas do financiamento fizeram com que o Glonass voltasse a operar sua frota inicial de 12 satélites.

Vladímir Pútin pediu, em 2005, à Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) e ao Ministério da Defesa para recolocarem em operação todos os 24 satélites do sistema GLONASS, e, em 2011, sistema teve sua constelação  orbital totalmente recuperada.

Atualmente, o Glonass possui 31 satélites, dos quais 24 estão em operação, dois em manutenção técnica, quatro na reserva e um deles em testes.

Para manter a continuidade do sinal de navegação em todo o território nacional da Rússia, é preciso pelo menos 18 satélites em operação.

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