Evolução no monitoramento de ambientes aquáticos

Instalação de APS em ponto aquático para delimitar a área a ser monitorada Foto: mkb-kompas.ru

Instalação de APS em ponto aquático para delimitar a área a ser monitorada Foto: mkb-kompas.ru

A oficina de projetos russa Kômpas apresentou um esquema de monitoramento on-line do ambiente aquático capaz de registrar os parâmetros da água a diferentes profundidades, além de transmitir automaticamente informações obtidas via satélite ou rádio.

A oficina de projetos Kômpas, focada principalmente em pesquisas na área de equipamentos de navegação e sistemas de comunicação, apresentou a estação automática de monitoramento do ambiente aquático (APS por sua sigla em russo) durante a recente exposição Boat Show, em Moscou.

“A transmissão de informações sobre a poluição quase em tempo real permite tomar medidas oportunas para localizar a região poluída e evitar um desastre.

Possibilita também controlar a integridade dos oledutos que ligam a plataforma de perfuração a um terminal”, falou à Gazeta Russa o vice-diretor-geral da oficina Kômpas, Vladímir Masliuk.

As APS são instaladas em determinados locais de uma região aquática para delimitar a área a ser monitorada. Durante esse processo, são levados em consideração aspectos como correntes oceânicas em profundidades diferentes e a direção do vento, entre outros.

A central de coleta e processamento de dados pode ser posicionada na costa ou a bordo de um navio, e é capaz de processar sinais recebidos de várias dezenas de  estações ao mesmo tempo. 

Esse método permitirá economizar recursos financeiros, uma vez que pode substituir, até certo ponto, o monitoramento do ambiente aquático a partir de navios e automatizar os processos de controle e monitoramento.

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Ilustração: mkb-kompas.ru

De acordo com a assessoria de imprensa da Kômpas, alguns protótipos de APS já operam no Extremo Oriente russo, monitorando os parâmetros da água a pedido das empresas de pesca.

As APS também podem ser usadas em água doce para a detecção de substâncias nocivas e monitoramento de sua locomoção na bacia de um rio ou lago.

Isso permite receber a tempo informações referentes à poluição e, assim, fechar os locais de captação de água e colocar em ação os sistemas de purificação para evitar o envenenamento da população.

O desafio de melhorar a eficiência das análises e torná-las mais rápidas exige o desenvolvimento de métodos e equipamentos diferentes, tanto APS quanto laboratórios. Com eles, surgem novas alternativas para receber informações em tempo real e cobrir grandes áreas, assim como obter resultados mais precisos.

O monitoramento de ambientes aquáticos já é, contudo, uma prática comum. Entre as atividades atualmente realizadas, estão a análise do fundo de uma área aquática por meio de estações subaquáticas, o monitoramento por satélite e a coleta de amostras de água em áreas poluídas ou de risco.

Engenheiro da Kômpas durante os testes de APS no Extremo Oriente russo Foto: mkb-kompas.ru

A análise química da água é um método dispendioso e demorado (envolve o uso de laboratórios a bordo de navios ou costeiros), mas fornece dados necessários para uma avaliação exata da situação e permite controlar a dinâmica das mudanças nas condições ambientais.

Acidentes aquáticos


Nos últimos anos, a produção de petróleo e gás tem se deslocado para o alto mar. Entretanto, a produção offshore acarreta não só vantagens econômicas, mas também grandes riscos ambientais.

O mundo inteiro entrou em choque com o vazamento no Golfo do México, em 2010, após o naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, da companhia petrolífera British Petroleum (BP), causado por uma explosão e seguido de um incêndio a bordo da plataforma.

Embora as autoridades tenham tentado controlar as consequências, o vazamento de petróleo persistiu durante vários meses.

Outro derramamento de óleo ocorreu recentemente no Campo de Frade, a 120 km da costa carioca.

Esses acidentes desafiam governos e ambientalistas a controlar e detectar a tempo os casos de poluição do ambiente aquático.

Também continuam em operação as atividades para acompanhar a propagação de elementos radioativos no oceano depois do acidente nuclear de Fukushima, no Japão.

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