Cientistas russos e sul-coreanos pretendem clonar mamute

Este ano, na Iakútia, foi encontrado um fêmur, supostamente de mamute, com a medula óssea muito bem preservada para ser utilizada como fonte de material genético para a clonagem Foto: TASS

Este ano, na Iakútia, foi encontrado um fêmur, supostamente de mamute, com a medula óssea muito bem preservada para ser utilizada como fonte de material genético para a clonagem Foto: TASS

Animal foi extinto há 4.500 anos; cientistas buscam material genético para clonagem.

Cientistas russos e sul-coreanos pretendem clonar um mamute, avisando, contudo, que isso será possível só em cerca de dez anos, segundo informou a agência ITAR-TASS.

O acordo sobre a realização conjunta dessa experiência científica foi assinado em Seul, capital da Coreia do Sul, pela Universidade Federal Norte-Leste da Rússia e o Centro Sul-coreano de Pesquisas Biotecnológicas. Segundo Semión Grigóriev, do Museu do Mamute do Instituto de Ecologia  Aplicada do Norte, na cidade de Iakútsk, um clone do animal só pode ser obtido dentro de 10 a 20 anos.

“O objetivo de nosso projeto é entabular uma cooperação em estudos do genoma de animais antigos e o principal desafio é clonar um mamute, espécie extinta há 4.500 anos”, disse Grigóriev.

Os restos de mamutes existentes não servem para a clonagem. Na primeira fase, os cientistas irão buscar um material genético apropriado para a clonagem. Para isso, irão ao Extremo Oriente russo onde pretendem encontrar células com genes intactos.

“Inicialmente, iremos ao norte da Iakútia (república federada da Rússia no Extremo Oriente) para buscar material biológico para a clonagem, porque o material que temos não presta, segundo dizem nossos colegas sul-coreanos”, disse Grigóriev.

“A fim de colher amostras do tecido de mamute diretamente do permafrost (subsolo permanentemente congelado), os sul-coreanos prometem trazer, possivelmente já no próximo verão, um laboratório móvel. As amostras colhidas serão enviadas a Seul onde iremos trabalhar juntos”, adiantou Grigóriev.

Assim que for encontrada uma amostra adequada, os núcleos das células intactas serão introduzidos no óvulo de uma elefanta para obter embriões com o DNA de mamute. A seguir, os embriões serão colocados no útero de uma elefanta, já que o mamute e o elefante são espécies aparentadas.

O projeto terá duração mínima de três anos e será cofinanciado pela Rússia e pela Coreia do Sul.

Os cientistas sul-coreanos não escondem o otimismo. “Acho que conseguiremos obter um bom resultado já em poucos anos”, diz o especialista em células-tronco o Dr. Hwang Uh Sok. “Na primeira etapa, pretendemos obter células vivas, após o que poderemos iniciar a segunda etapa em que planejamos obter um clone.”

Esse é o segundo projeto do gênero. Outro projeto de clonagem de mamute está sendo concretizado pela Rússia e pelo Japão. Este ano, na Iakútia, foi encontrado um fêmur, supostamente de mamute, com a medula óssea muito bem preservada para ser utilizada como fonte de material genético para a clonagem. Os cientistas desse projeto pretendem clonar o animal já em cinco anos. 

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