Estrelas da F-1 brilham no Moscow City Racing

Evento foi realizado na capital russa no último domingo e contou com as maiores celebridades do esporte.

 Fotos : Serguêi Savostianov

 

No último domingo (17), as ruas centrais da capital russa foram tomadas por automóveis, pilotos e equipes da Fórmula-1. O motivo? O tradicional showMoscow City Racing, que contou com a participação dos melhores corredores de todo o mundo.

 

Ruído tão grande quanto o produzido durante a competição só pode ser igualado ao do Dia da Vitória, quando multidões de tanques, veículos de transporte blindado e outras técnicas militares passeiam ao pé das muralhas do Kremlin.

 

O primeiro Moscow City Racing ocorreu em 2008 e, a partir de então, está ficando cada vez maior. Hoje em dia, é uma das maiores competições do gênero. A maior estrela da festa, como no ano passado, foi o britânico Jenson Button. Em 2010, ele foi a Moscou como campeão mundial – neste ano, está na quinta colocação.

 

“É fantástico regressar a Moscou”, disse Button durante a entrevista coletiva, pouco tempo antes do evento. “Passear no centro de Moscou é uma experiência incrível. Até hoje, não posso acreditar que corremos ao pé das muralhas do Kremlin. Dentro de três anos, esperamos o Grande Prêmio da Rússia em Sôtchi”.

 

Habitualmente sorridente, Button chegou à capital russa mais magro.  E o público reparou. “De fato, perdi peso. Como sou alto, não posso ganhar muito peso”, afirmou ele, que falou sobre a atual temporada. “Não há nada a fazer. Trabalhamos muito, mas, por enquanto, os resultados não são os melhores. Mas não desistimos!”, garantiu.

 

Os organizadores também garantiram a presença da Ferrari, uma das mais famosas equipes da Fórmula-1. É possível que Giancarlo Fisichella não seja o mais brilhante representante do time, mas é preciso considerar as suas três centenas de participações em Grandes Prêmios.

 

Aliás, ele ficou bastante impressionado pelo número de jornalistas que trabalharam no evento: diferentemente de anos anteriores, a sala ficou bem cheia. “Esse dia é muito importante tanto para a Rússia quanto para a Ferrari”, disse o piloto “Parece que aqui realmente temos muitos torcedores”.

 

As estrelas do show foram apoiadas pelos pilotos Karun Chandhok e Luiz Razia, para quem o convite a Moscou é, por enquanto, apenas um adiantamento. E a Kamaz, pelo contrário, não precisa provar nada. A lendária equipe na Moscow City Racing foi representada por Airat Mardêiev, um dos seus integrantes mais jovens. Em comparação com o ano passado, além da lista dos participantes, mudou-se o perfil do trajeto.

 

No total, 50 mil pessoas participaram do evento. Se, anteriormente, os bólidos praticamente contornavam o Kremlin, desta vez passavam as muralhas ao longo do cais do Kremlin, entrando na ponte Bolshoi Moskvorétski. Desse modo, o número de trechos fechados aos transportes públicos e automóveis foi reduzido. A propósito, o trajeto foi guardado por somente 500 policiais. Comparemos: nos jogos de futebol com maior público, o número de oficiais chega a três mil.

 

Como resultado dessas transformações, o trajeto encurtou, tendo sua extensão alterada de 4,5 km a 3,7 km. Em compensação, tornou-se mais veloz. Os organizadores asseguram que, em linha reta, os bólidos podem alcançar 300 km/h. Aliás, os pilotos não se esforçaram para alcançar tais velocidades: Sebastian Ozhie, um dos melhores corredores da atual temporada, queixou-se, de antemão, da má qualidade do trajeto. “Mas nós vamos mostrar tudo de que somos capazes”, garantiu.

 

O tempo também modificou o programa da festa. Se, nos dias anteriores, a capital russa morria de calor, a chuvarada que começou no domingo de manhã fez os turistas se recordarem de Cingapura. Ademais, os aficionados do esporte não têm medo de água.

 

Pelo menos, a tribuna VIP, que custou 12 mil rublos, ficou superlotada. E, em geral, os preços do show foram bem diversos, a partir de 1.800 rublos. Por 25 mil, foi possível realizar o sonho de visitar o paddock de uma das equipes. Em todo o caso, foi mais barato de que visitar um autêntico Grande Prêmio da Fórmula-1.

 

Não se pode compreender racionalmente porque os admiradores dessas corridas estão prontos a pagar tanto dinheiro. Os bólidos podem ser vistos por alguns segundos perante os espectadores e, desaparecem, zumbindo, quando viram a esquina. Nisso, provavelmente, consiste a magia da Fórmula 1 e das corridas em geral. Realmente, bastam uns segundos para escutar esse ronco estridente e sentir, repetidas vezes, a velocidade no seu estado mais puro.

 

Preparação para 2014

 

Palco do Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1 daqui a três anos, a cidade de Sôtchi recebeu praticamente nos mesmos dias em que a capital russa se agitou com o Moscow City Racing o festival automobilístico Fórmula de Sôtchi.  No evento, houve provas demonstrativas com presença de quarto equipes da Fórmula 1: Ferrari, Red Bull, Lotus-Renault e Marussia Virgin, que participa nas corridas reais sob a bandeira russa, bem como a KAMAZ Master e a  BMW Motosport.

 

Os jornalistas também foram comunicados a respeito dos detalhes sobre o trajeto do primeiro Grande Prêmio da Fórmula 1 realizado na Rússia. O autódromo será construído perto da arena dos Jogos Olímpicos de 2014 e deve ter extensão de 5.929 metros, com tempo médio de volta em 97 segundos e velocidade máxima de 315 km/h. Sua construção será iniciada em agosto e concluída em 2013. O primeiro Grande Prêmio da Rússia acontecerá, mais provavelmente, no outono de 2014.

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