Moscou recuperou o título da capital dos bilionários

O bilionário russo Iúri Milner/Foto: Kommersant

O bilionário russo Iúri Milner/Foto: Kommersant

A geografia da riqueza mundial mantém as mudanças que marcaram a lista do ano passado. Por exemplo, durante um ano a quantidade de milionários dos países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) aumentou em 108, tendo ultrapassado toda a Europa (301 contra 300, respectivamente). O número dos bilionários asiáticos, por sua vez, quase triplicou depois de 2008: agora, é de 332. Além disso, o mais rico da China é Robin Lee, com $ 9,4 bilhões (R$ 15,685 bilhões), que não é um magnata de matérias-primas, mas sim fundador do buscador Baidu. No entanto, o Japão, outrora centro econômico da Ásia, tem apenas 26 bilionários.

De acordo com a Forbes americana, há de novo mais bilionários em Moscou do que em qualquer outra cidade do mundo, ou seja, a capital russa recuperou o título anteriormente perdido em resultado da queda dos mercados de matérias-primas. O país tem 79 bilionários oficiais, um terço dos 300 que vivem na Europa e 15 integrantes da lista dos top 100, mais do que nos demais países BRIC em conjunto.

As três pessoas mais ricas do mundo conservaram os seus lugares: Carlos Slim, magnata mexicano que não acredita em filantropia, permanece a pessoa com mais dinheiro do mundo, com $ 74 bilhões (R$ 123,5 bilhões), mais de $20,5 bilhões (R$ 34,2 bilhões) em comparação com o ano passado. A distância dele para o segundo colocado – Bill Gates, fundador da Microsoft – é de $ 18 bilhões (R$ 30 bilhões). A Forbes estima a atual fortuna do empresário americano em $ 56 bilhões (crescimento de $3 bilhões), equivalente a R$ 93,4 bilhões.

Ao contrário do mexicano, Gates gasta muito dinheiro em atividades filantrópicas. Conforme os cálculos dos peritos da revista, a fortuna da conta corrente dele é maior: $ 88 bilhões (R$ 146,8 bilhões). O mesmo corre com o lendário investidor Warren Buffett, que ocupa o terceiro lugar da relação, com $ 50 bilhões (crescimento de $ 3 bilhões), 83,4 bilhões em reais.

Na Rússia, durante dois anos seguidos, a liderança é de Vladímir Lísin, acionista principal do Conjunto Metalúrgico Novolipetski. Em 2011, ele aumentou a sua fortuna em $ 24 bilhões (R$ 40 bilhões) e alcançou o 14º lugar no ranking mundial. É o único russo na lista dos top 20. O segundo lugar foi conquistado pelo diretor-geral da Severstal, Alekséi Mordachov, que tem $ 18,5 bilhões (R$ 30,8 bilhões) e ficou em 29º lugar na lista mundial.

As posições seguintes são de Mikhail Prôkhorov, líder da lista russa em 2009, com $ 18 bilhões (R$ 30 bilhões); Vladímir Potánin, com $ 17,8 bilhões, (R$ 29,7 bilhões); Alisher Usmanov, com $ 17,7 bilhões (R$ 29,5 bilhões); e Oleg Deripaska, com $ 16,8 bilhões (R$ 28 bilhões). Em nível mundial, eles ocuparam os 34º, 35º e 36º lugares, respectivamente.

Ainda segundo a Forbes, a fortuna de Mikhail Fridman constitui $ 15,1 bilhões, (R$ 25,2 bilhões). Os últimos colocados na lista dos dez primeiros ricaços russos são Vaguit Alekperov (50º lugar no ranking mundial, com $13,9 bilhões, equivalentes a R$ 23,2 bilhões), Roman Abramovitch (53º lugar, com $13 bilhões, que corresponde a R$ 21,7 bilhões) e Víktor Vekselberg  (57º lugar, com $13 bilhões, 21,7 bilhões em reais).

Iúri Milner, um dos criadores do fundo de investimentos DST Global – bilionário russo com fortuna não baseada nos ativos no setor de matérias-primas – ocupa o 1.140º lugar da relação. A lista russa dos top 10 foi abandonada por dois ricaços: Víktor Rachnikov, acionista principal do Conjunto Metalúrgico de Magnitogorsk (MMK), e Dmítri Ribolovlev, ex-proprietário da empresa Uralkali.

Fotos: Photoxpress;Kommersant Photo;ITAR-TASS;RIA Novosti;Reuters/Vostock Photo 

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