Veliki Ustiug, a mágica terra natal do Papai Noel russo

Ded Moroz na entrada de sua mansão de madeira/Foto: Photoxpress

Ded Moroz na entrada de sua mansão de madeira/Foto: Photoxpress

Na cidade de Veliki Ustiug, a mais de 700 quilômetros de Moscou, em um penhasco cercado de pinheiros vive Ded Moroz, o Vovô Gelo.

Em 1998, a pequena cidade de Veliki Ustiug foi nomeada pelo então prefeito de Moscou, Iúri Lujkov, o lar oficial de Ded Moroz, a versão russa do Papai Noel. Desde então, a casa onde vive o bom velhinho passou a receber mais de 200 mil visitantes todos os anos.

A propriedade de Ded Moroz, conhecida como Votchina, fica fora do centro, em uma área cenográfica cercada por pinheiros. Ali, a grande atração é a casa de madeira, uma mansão construída para abrigar um Papai Noel de 2,13 metros de altura, com voz forte e um aperto de mão de esmagar os ossos.

Ainda que geralmente use um casaco vermelho e pose com a mesma longa barba branca, o Ded Moroz usa roupas bordadas que variam com as estações. Seu figurino inclui lantejoulas prateadas, seda azul-clara para o verão, adornos feitos de renda e “valenki”, as tradicionais botas de feltro.

A atração, que reúne turistas durante todo o ano – e não apenas no inverno – tornou-se a principal atividade econômica da cidade e hoje é responsável por empregar todos os moradores adultos da região.

“A cidade pode ser pequena, mas na verdade somos grandiosos”, explicou o chefe da administração regional, Nikolai Iliushin, referindo-se ao nome do local, “Veliki”, cujo significado é “grande”.

As atrações locais incluem ainda o “caminho dos contos de fadas”, uma rota de obstáculos ao ar livre, na qual os turistas encontram diversos personagens do folclore russo que os convidam a se sentarem próximos à lareira e beber chá de ervas do samovar.

No segundo andar, próxima à sala do trono, fica a oficina do Ded Moroz, onde crianças e adultos podem criar lembrancinhas que vão de enfeites e bonecos de pano tradicionais à renda, uma das especialidades regionais.

O posto dos correios, que fica próximo à casa, já recebeu quase dois milhões de cartas desde 2003. Uma das onze funcionárias que trabalham ali, Liudmila Suranova explica que durante a alta temporada o serviço recebe um reforço de mais 40 ajudantes para lidar com a enxurrada de correspondências. Segundo ela, já houve até uma família pedindo uma vaca de presente, desejo que foi realizado. Um número cada vez maior de cartas chega do exterior, mas essas nem sempre são respondidas. “Infelizmente, os ajudantes de Ded Moroz não falam todas as línguas, embora consigam se virar em inglês, francês e talvez alemão”, diz Suranova. 

Casa de Ded Moroz

Tel./fax: +7(817)385-2121

www.dom-dm.ru

 

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