Grandes tesouros encontrados nesta década

Agosto deste ano foi um mês rico em descobertas arqueológicas – em uma única semana apenas, especialistas encontraram três tesouros enormes. Conheça os achados mais importantes dos caçadores de tesouros nesses primeiros cinco anos da década de 2010.

Tesouro da família Narichkini, encontrado em 2012

O tesouro da famosa família fidalga dos Narichkini foi encontrado durante trabalhos de reforma da sua antiga propriedade na rua Tchaikovsky, em São Petersburgo. Quando retiravam o assoalho, os pedreiros se surpreenderam com a descoberta de um esconderijo, onde estavam guardados mais de 200 mil objetos preciosos fabricados sob encomenda.

Na maioria deles, encontra-se representado o brasão dos Narichkini, o que permite classificar o material como uma valiosa coleção de museu. Segundo os especialistas, é a descoberta mais importante das últimas décadas. São especialmente valiosas as pratarias antigas, adornos de ourivesaria e condecorações.

O valor do tesouro, escondido quando estourou a Revolução de 1917, foi avaliado em 4 milhões de euros. Todos os objetos foram entregues ao governo; metade do seu valor foi dividida entre três empresas que hoje pertencem a proprietários particulares.

Preciosidades de Batu Khan, encontradas em 2014

Arqueólogos descobriram um tesouro singular a 2,5 metros do solo, sob o prédio do Museu Estatal de Tvier. Em uma grande caixa de madeira havia mais de duzentos objetos da segunda metade do século 12 e início do século 13, incluindo adereços de trajes caros, bordados a ouro, e fragmentos de prata.

Tesouros de Batu Khan foram encontrados sob o prédio do Museu Estatal de Tvier Foto: Press Photo

A parte mais importante do tesouro consiste em diversos artigos de prata da época do jugo tártaro-mongol: adornos triviais e cerimoniais de uma senhora abastada, elaborados a partir das várias técnicas de ourivesaria conhecidas na época. O tesouro foi somado ao fundo do Museu Estatal de Tvier.

Moedas do século 17, encontradas em 2015

As escavações no bairro Kadachevski, na região de Moscou, revelaram uma descoberta valiosa. À profundidade de 1,5 metro foi encontrado um tesouro composto por mais de mil moedas da época de Aleksêi Mikháilovitch, o segundo tsar da família Romanov).

Os copeques de cobre, que consistem na maior parte do tesouro, foram cunhados em processo manual no período de 1654 a 1663 e são uma verdadeira raridade. A chamada Revolta do Cobre, ocorrida em meados de 1662, desvalorizou as moedas de cobre, fazendo com que esse metal fosse substituído pela prata.

Moedas e objetos dos séculos 17 e 18 seguiram para museus Foto:Evguênia Novojenina/RIA Nôvosti 

Além do saco de dinheiro, os arqueólogos localizaram objetos de uso cotidiano dos séculos 17 e 18: azulejos e cerâmicas de fogões, ícones e fragmentos de cadinhos de fundição de cobre, entre outros. Todos os objetos serão destinados ao Museu de Moscou e ao Museu Histórico Estatal.

Antes, porém, farão parte da exposição internacional Denkmal, especializada em conservação, restauração, utilização e popularização de patrimônio cultural. O evento está agendado entre 14 e 16 de outubro no salão VDNKh, em Moscou.

Moedas do século 16, encontradas em 2015

Durante as escavações arqueológicas nas ruínas da torre Tainitchnia, nas proximidades do lago Ládoga, foi descoberto o esconderijo de moedas de prata da época de Ivan, o Terrível. 

Preciosidades da época de Ivan, o Terrível foram reveladas durante restauração da Fortaleza de Ládoga Foto: Aleksêi Danitchev/RIA Nôvosti

Em um pequeno saco, guardado na parede da fortaleza por volta de 1582, quando o Exército sueco cercou a região, havia 116 moedas de prata, provavelmente pertencentes a algum dos chefes militares. Depois de restauradas, as moedas serão entregues ao Museu Histórico Estatal.

Ânforas da Grécia Antiga às margens do mar Negro, encontradas em 2015

Os arqueólogos da expedição de Bospor, organizada pelo Museu Histórico Estatal, encontraram dezoito ânforas perto do povoado de Golubitskaia, na região de Krasnodar. Os vasos estavam guardados em um grande buraco, possivelmente para posterior utilização, e por isso estava em bom estado de conservação. Os objetivos datam do final do século 5.

Pútin (à esq.) ajuda a limpar ânfora da Grécia Antiga descoberta na península de Taman Foto: Aleksêi Druzjinin/RIA Nôvosti

Foi a primeira vez que tesouros desse tipo foram descobertos no local, embora as escavações tenham começado por volta de 2006. As ânforas, segundo os pesquisadores, teriam sido levadas da Grécia Antiga para a península de Taman: esses grandes vasos de cerâmica eram usados na época para conservação e transporte de azeite de oliva e vinho. Todos os objetos serão futuramente transferidos para o Museu Histórico Estatal.

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