Teatro Bolshoi realizará 12 apresentações no Brasil em junho

No repertório moscovita há 170 anos, “Giselle” é cartão de visita da companhia Foto: Damir Iussupov/Teatro Bolshoi

No repertório moscovita há 170 anos, “Giselle” é cartão de visita da companhia Foto: Damir Iussupov/Teatro Bolshoi

Companhia moscovita apresentará “Giselle” e “Spartacus” nos palcos de Rio de Janeiro e São Paulo.

Na atual temporada, a companhia do Teatro Bolshoi de Moscou já esteve em lugares como Mônaco, Hong Kong e São Petersburgo. Mas poucos são os anfitriões que podem se gabar de ter 12 apresentações agendadas em um mês, como será o caso do Brasil.

Para revisitar o país, após um hiato de mais de 15 anos, o Bolshoi optou por dois espetáculos que há décadas são cartões de visita da companhia: “Giselle” e “Spartacus”. As apresentações ocorrerão nos dias 17 a 21 de junho no Rio de Janeiro, e de 24 a 28 em São Paulo.

As turnês programadas pela companhia são um verdadeiro desafio – tanto para quem se desloca, como para quem recebe. O coletivo, composto por trezentos de bailarinos, é assessorado por um número igualmente grande de especialistas, como maquiadores, figurinistas e cenógrafos, entre tantos outros.

O Teatro Bolshoi de Moscou desembarcou pouquíssimas vezes no Brasil. Depois da primeira vez, nos anos 1950, os bailarinos da companhia só voltaram a se apresentar no país em 1999. Para maiores informações e compra de ingressos, clique aqui

Balé das antigas

“Giselle” permanece no repertório moscovita há 170 anos. Todas as grandes bailarinas da companhia tiveram a honra de interpretar a personagem que dá nome à obra, desde Ekaterina Sankovskaia, contemporânea de Púchkin, a Ludmila Semeniaka e Nina Ananiachvili. 

O público brasileiro irá acompanhar a versão de Vladímir Vassíliev, lendário bailarino russo que, na virada do século, liderou o Teatro Bolshoi, criando sua própria variante do antigo balé. O final do século 20 parece ter juntado, de forma extravagante, o amor ao lacônico e a paixão pela festividade. 

Em sua versão, Vassíliev tentou, com persistência e sensibilidade, ressuscitar o espetáculo que os parisienses viram em 1841. Por isso, restabeleceu muitos detalhes perdidos durante o século e meio em que “Giselle” subiu aos palcos. 

Roma ressuscitada 

“Spartacus” é bem mais novo que “Giselle”. Também está ligado a Vladímir Vassíliev, mas de forma diferente, Vassíliev foi o primeiro e maior intérprete do personagem central do criador Iúri Grigorovitch, notável coreógrafo russo que dirigiu a companhia de balé do Bolshoi entre 1963 e 1995. 

Protagonista atual de “Spartacus” é Ivan Vassíliev, que já colaborou com a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Foto: Damir Iussupov/Teatro Bolshoi

A história sobre a rebelião dos escravos no período do florescimento da Roma Antiga ganha nova vida ao ritmo da música do compositor armênio Aram Khachaturian: com ritmo e energia poderosos, é melodiosa e facilmente memorizável. 

Além disso, a coreografia de Grigorovitch alia cenas de multidões, combates de gladiadores e orgias aristocráticas com virtuosos monólogos e duetos das personagens principais.No Brasil, o papel principal em “Spartacus” será executado por Ivan Vassíliev, que já colaborou com a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, de Joinville.

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